Por Ricardo Antunes – Sem mencionar explicitamente o presidente da Assembleia Legislativa (Alepe), Álvaro Porto (PSBD), a governadora Raquel Lyra (PSD) classificou de “discussões menores” os atrasos da Alepe à aprovação dos seus pedidos de empréstimos, dos quais o de R$ 1,7 bilhão ainda continua em tramitação. Afirma estar acima de qualquer manobra da oposição a obtenção de recursos para o desenvolvimento de Pernambuco.
Em longa e substantiva entrevista ao blog, ressaltou que em nenhuma das 27 Assembleias Legislativas um projeto de operação de crédito demorou seis meses para ser votado, como ocorreu com o financiamento de R$ 1,5 bilhão. Pontuou que, após a aprovação de qualquer empréstimo, há vários trâmites a cumprir para se ter o dinheiro em caixa e não cabe a justificativa de que não existe pressa para votar porque os recursos do financiamento são para 2026.

“Tenho pressa porque meu mandato é de quatro anos e todo dia a mais é um dia a menos. Não posso perder um dia sequer. Governo Pernambuco e nosso estado precisa de investimentos”, enfatizou. Lembrou que quando era deputada estadual não engavetou nenhum projeto de lei de autorização de financiamentos.
“Não estou determinando que aprovem os projetos. O que peço é que coloquem em plenário, porque lá temos maioria. Vejam que a operação anterior demorou tanto tempo e quando foi ao plenário só teve um voto contra. Não faço a pauta, é o presidente da Alepe quem determina. Ressalto que a rapidez é necessária não por mim, mas para que a gente possa tocar obras importantes para alavancar novos investimentos”, pontua.
Raquel mencionou a obra do Arco Metropolitano, no qual serão investidos R$ 632 milhões dos empréstimos que obteve, como fundamental para atrair novas empresas, pela melhoria da infraestrutura, porque não haverá mais incentivos fiscais, com a reforma tributária, para trazê-las a Pernambuco.
Ela recebeu nosso Blog para uma entrevista que durou quase uma hora, no Palácio do Campos das Princesas.








