Do G1 PE – A prefeitura do Recife informou, nesta quarta (25), que a aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 depende do governo federal. A administração disse, por nota, que “guarda a formalização do Ministério da Saúde para poder iniciar o processo na imunização para idosos e imunossuprimidos”. o governo de Pernambuco também não tem previsão de começar essa etapa da campanha.
Nesta quarta, o ministério anunciou que as doses para o reforço da vacina contra a Covid-19 devem ser enviadas aos estados a partir de 15 de setembro.A imunização atingirá pessoas com mais de 70 anos ou com baixa imunidade (imunossuprimidos).
Essa etapa da campanha será realizada, preferencialmente, com a Pfizer, mas poderão ser utilizadas as vacinas da AstraZeneca e Janssen.
A dose de reforço é indicada para os idosos que completaram o esquema vacinal há mais de seis meses. No caso dos imunossuprimidos, eles devem esperar 28 dias após a segunda dose.
Na nota, a prefeitura do Recife afirmou, ainda, que esse público alvo será “novamente vacinado com organização, agilidade e segurança”.
“Tão logo o órgão federal repasse as orientações em nota técnica e envie as novas doses, o município dará início a essa nova etapa da imunização”, afirmou o comunicado.
Nas redes sociais, o prefeito João Campos afirmou que o Recife “está pronto e tem estrutura toda montada e organizada”, para a aplicação da dose de reforço contra a Covid.

Governo do estado
Em entrevista coletiva cedida na manhã desta quarta-feira (25), o secretário estadual de saúde André Longo afirmou que ainda não há data definida para o início da aplicação da dose reforço em Pernambuco.
“As evidências apontam para a dose de reforço após seis meses para o público mais vulnerável. Pernambuco vai fazer todo trabalho para que essa vacina chegue ao público tão logo sejam disponibilizadas as doses. Deve ser um esquema heterologia, precisamos saber qual o imunizante disponível para fazer essa dose”, afirmou o secretário.
De acordo com ele, a logística para distribuição das doses e das campanhas municipais deve ser discutida em uma reunião da Comissão Intergestora Bipartite (CIB), que reúne representantes da SES e gestores das secretarias municipais de Saúde, que acontece na quinta-feira (26).
Ele ressaltou, ainda, o contingente de trabalhadores da saúde que foram vacinados entre janeiro e fevereiro também devem ser considerados para a terceira imunização. “Temos que aguardar uma posição do ministério da saúde sobre esse público. Vamos também estar colocando a necessidade desse primeiro público”, disse.
“Se a determinação é vacinar por conta da diminuição do efeito da imunogenicidade, temos que pensar nesse público. Sem comprometer o esforço de primeira e segunda doses, no afã de fazer a terceira dose, no restante da população. Pernambuco já bateu meta de pessoas idosas acima de 70 anos que temos mais de 90% com as duas doses”, declarou o secretário.

[Em entrevista ao NE2 da TV Globo, o representante da Sociedade Brasileira de Imunizações em Pernambuco, o médico Eduardo Jorge Lima afirmou que o reforço vacinal é “uma ação paralela à primeira e segunda doses”
Segundo ele, o fundamental é expandir e garantir que todos os adultos acima de 18 anos tomem uma primeira dose e que todos que tomaram a primeira dose tome a segunda. “Esse reforço é para um grupo específico”, comentou.
Polêmica
À noite, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que é preciso defender a “soberania” do Programa Nacional de Imunização (PNI), e alertou que estados e municípios devem seguir as orientações da pasta para definir quais os públicos que devem ser vacinados no atual momento da pandemia de Covid.
Os dois pontos de atrito entre o governo federal e estados são a vacinação de adolescentes, que já começou em algumas capitais apesar de ainda não haver orientação do PNI, e o público-alvo da dose de reforço.







