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O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, na Justiça Federal em Curitiba, nesta sexta-feira (5) e complicou e muito a vida do ex-presidente Lula. No depoimento, que durou pouco mais de uma hora, o réu afirmou que quer colaborar com as investigações da Operação Lava Jato e que o ex-presidente tinha absoluto conhecimento do esquema de corrupção na Petrobrás. O ex-diretor responde por crime de corrupção passiva neste processo.
Ele afirmou que encontrou com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em três oportunidades e que ele seria chamado de “chefe, o grande chefe, nine [nove, em inglês]” e mostrou um gesto que faz referência a barba do petista. “Nessas três vezes, ficou claro, muito claro pra mim, que ele tinha o pleno conhecimento de tudo e detinha o comando”, afirmou.
Segundo Duque, o ex-presidente também pediu detalhes para saber para onde foi o dinheiro referente aos pagamentos de propina dos contratos da Petrobras com a Sete Brasil. O ex-presidente teria alertado a ele: “Presta atenção no que eu vou te dizer: Se tiver alguma coisa, não pode ter. Não pode ter nada no teu nome, entendeu?”, teria dito Lula, de acordo com o ex-diretor, em um encontro com o petista em um hangar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.







