Da Redação do Blog – Por quatro votos a três, Danilo Paes Rodrigues foi absolvido por um júri popular. Ele era acusado de participar do assassinato do próprio pai, o cardiologista Denirson Paes da Silva, encontrado esquartejado dentro de uma cacimba no condomínio de luxo em que morava em Aldeia, Camaragibe, no Grande Recife. O julgamento começou na terça (24) e foi concluído ontem (25).
Após a decisão do júri, o filho caçula da vítima, Daniel Paes, fez um desabafo em entrevista na TV. Segundo Daniel, a decisão do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) foi responsável por “desmoralizar” os trabalhos realizados por equipes das Polícias Científica e Civil. O promotor do caso, Leandro Guedes, disse não haver provas suficientes para a condenação e se posicionou a favor do réu.
“Matem os seus pais, esquartejem e façam o que vocês querem, porque no Brasil não existe lei. O Ministério Público (de Pernambuco) passou cinco anos acusando através do trabalho da polícia, que foi muito bem realizado, e, em um dia, no último domingo, o Ministério Público já sabia o resultado e mandou uma mensagem para o meu advogado dizendo que ia absolver”, protestou.
O crime aconteceu em 2018 e, um ano depois, a viúva do médico, Jussara Rodrigues da Silva Paes, foi condenada a 19 anos de prisão pela execução e ocultação do cadáver. O corpo da vítima foi encontrado com partes carbonizadas. Denirson e Jussara Paes tiveram dois filhos. Danilo é o filho mais velho. O mais novo, Daniel Paes Rodrigues, chegou a vencer na Justiça uma ação contra a mãe, pedindo R$ 600 mil em indenização por causa do assassinato.
Danilo Paes foi ouvido na manhã dessa quarta e em seguida aconteceram os debates entre a acusação e a defesa. Os jurados se reuniram no início da tarde e decidiram pela absolvição de Danilo, por quatro votos a três. O julgamento foi encerrado por volta das 16h na 1ª Vara Criminal do Fórum Desembargador Agenor Ferreira de Lima, em Camaragibe.
“Eu estava no jogo do Sport (no domingo) e quase que eu desmaio quando soube. Eu já sabia que iria acontecer isso, porque, o Ministério Público, em dois dias de júri, acabou e desmoralizou o trabalho da polícia. No Brasil, não existe justiça, o crime compensa, matem seus pais”, desabafou Daniel.









