Da Redação do Blog – Gary Cooper, Cary Grant, Rock Hudson? Nada disso. Os pernambucanos poderão se orgulhar de ter na cercania da Praça da República, um dos locais nobres do Recife, uma calçada da fama com os moldes das mãos de Ricardo Paes Barreto e de outros 17 colegas deles. A maioria perguntará: quem é Ricardo Paes Barreto, que filmes estrelou?
Nenhum, alguém responderá. E por que seu nome e suas mãos estão eternizados no cimento desta calçada? O interlocutor dirá: pelo complexo de Narciso. E quem foi Narciso?, insistirá o curioso. Foi um bonito jovem grego que se viu refletido na água e apaixonou-se por ele próprio, responderá de novo o interlocutor. E, já sem paciência, completará, de forma direta e simples: significa uma pessoa de extrema vaidade e que adora se autopromover.

Este é o retrato fiel do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE),. Ricardo Paes Barreto, que anunciou a construção de uma calçada da fama com os moldes das mãos dele e dos 17 ex-presidentes do TJPE vivos. Ele quer fazer uma calçada como a que existe em Hollywood e no Maracanã, com os pés de ídolos do futebol. Nem Alexandre de Moraes ou Gilmar Mendes, os mais midiáticos ministros do STF, chegaram a tal nível de vaidade.
O Ricardo Paes Barreto que quer se eternizar no cimento de uma calçada é o mesmo Ricardo Paes Barreto que preside o segundo tribunal de justiça estadual menos transparente do país, atrás apenas do Tribunal do Rio Grande do Sul, segundo pesquisa do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Tão grave como sua vaidade é sua total falta de senso do ridículo. Se é o segundo pior tribunal em transparência, o TJPE certamente é o primeiro









