Por André Beltrão — Presidente nacional do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson defendeu a união das forças conservadoras. O dirigente, que virou ferrenho defensor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), vem ressaltando a importância de uma aliança entre os partidos que apoiam o governo federal com vistas às eleições municipais. Jefferson ainda descartou o apoio da sigla ao ex-ministro Mendonça Filho (DEM), como deseja o ex-senador Armando Monteiro, presidente estadual do PTB.
“Quem é de esquerda vota nessa turma de esquerda, no PSDB, PT, PSB, PCdoB, PSOL, entre outros. Mas quem é bolsonarista, quem é cristão, quem é conservador, vota nos partidos que apoiam o presidente Bolsonaro. Que seja assim em todas as cidades”, defendeu ele, que conversou longamente sobre política local e nacional com o nosso editor Ricardo Antunes.
O petebista reafirmou que as portas de seu partido estão abertas a uma eventual filiação de Bolsonaro, que não conseguiu viabilizar seu novo partido, o Aliança Pelo Brasil. Jefferson acha esse caminho mais natural para o presidente do que ingressar no DEM ou voltar para o PSL.
“Acho difícil o presidente voltar ao PSL, não creio. Você ser traído uma vez na vida por uma pessoa em quem você confia, tudo bem. Mas ser traído de novo é um erro que você não pode cometer. Já o DEM sempre foi um apêndice do PSDB. Em São Paulo, berço dessa aliança, o Rodrigo Garcia do DEM é o vice do governador João Doria, do PSDB. Como FHC governou por oito anos tendo o PFL como vice, que era o ex-senador Marco Maciel. Então o DEM sempre foi um apêndice do PSDB, e vai continuar sendo. Por isso entendo que o presidente tem caminho aberto no PTB e pode vir a se filiar no PTB”, completou.