Do Metrópoles – No fim de 2022, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, demandou três pagamentos de R$ 200 mil cada para custear voos em um jatinho Cessna Citation Excel. A aeronave, avaliada em R$ 23,9 milhões, é uma das quatro que a Polícia Federal (PF) investiga se seriam de Rueda, embora estejam registradas em nome de terceiros.
A aeronave em questão é o jato Cessna Citation modelo XL-560, de matrícula PR-LPG. A coluna teve acesso aos recibos e comprovantes de transferências eletrônicas (TED) dos pagamentos.
Trata-se da primeira ligação documental entre Rueda e o avião. Os três repasses foram feitos em agosto, setembro e outubro de 2022, durante as eleições gerais daquele ano.
Os valores foram pagos pela Excelsior Seguros, empresa do deputado Luciano Bivar (União-PE), à empresa Rico Taxi Aéreo, de Manaus, que operava o jato à época.
Naquele momento, Bivar havia confiado a Rueda o controle do partido e de seus negócios. Os dois romperam e hoje são inimigos declarados.
Procurado, Bivar confirmou a emissão das notas fiscais e disse que não comenta mais sobre Rueda, a quem chama de “mentiroso contumaz”. Rueda não se manifestou. Os pagamentos eram solicitados à sra. Silvânia, secretária de Bivar.
A coluna Andreza Matais enviou as notas fiscais à Rico Táxi Aéreo, que afirmou não comentar. “As informações de nossos clientes, incluindo detalhes sobre voos realizados, são de natureza confidencial e sigilosa” (leia mais abaixo).
Segundo relatos de cinco pessoas à coluna, Rueda dizia que o avião era de sua propriedade em sociedade com o empresário Alessandro Bronze, de Manaus, e o utilizava para reuniões partidárias. Bronze, que era o dono formal do jato PR-LPG na época, nega ter sociedade com Rueda na aeronave.









