Rafael Moraes de Brasília, do Estadão.
BRASÍLIA – A segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (21) adiar a leitura do voto do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato (STF), sobre o recebimento ou não da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra lideranças do chamado “Centrão” no caso do “quadrilhão do PP”. Esta é a sexta vez que o caso é adiado.
Conforme informou nesta terça-feira o jornal “O Estado de S.Paulo”, o Palácio do Planalto acompanha de perto a sessão, pois entende que uma eventual aceitação da denúncia pode ajudar a impulsionar os atos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos atos marcados para este domingo. O julgamento só será retomado agora depois da mobilização – ainda não foi marcada a nova data.
Durante a sessão desta terça-feira, a avaliação de ministros do Supremo foi a de que não haveria tempo suficiente nesta terça-feira para todos os cinco integrantes da Segunda Turma do STF votarem no caso, já que apenas o voto de Fachin tem 46 páginas. O julgamento chamado “quadrilhão do PP” foi iniciado nesta tarde, com a leitura das sustentações orais dos advogados dos quatro parlamentares denunciados a manifestação do representante da PGR – mas nenhum ministro ainda votou.
A denúncia, apresentada na época em que Rodrigo Janot comandava a PGR, envolve o líder da maioria na Câmara, Agnaldo Ribeiro (PP-PB), os deputados Arthur Lira (PP-AL) e Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do partido. Os quatro são acusados pelo crime de organização criminosa.






