Por Ricardo Antunes — Desconhecida do grande público, a candidata do MDB, Simone Tebet aproveitou usou muito bem os 40 minutos em que foi sabatinada, para falar sobre sua biografia, e sua carreira na política. Apesar de ter sido pressionada por Bonner e Renata Vasconcelos durante toda a entrevista, a senadora conseguiu ser propositiva, falando sobre a fome, a segurança pública, educação, igualdade, geração de emprego e renda.
Se apresentando como alternativa à polarização entre Lula e Jair Bolsonaro, a senadora bateu pouco no presidente e no petista, com críticas veladas ao dois. “Nós estamos diante de uma polarização, uma polarização política, ideológica, que está levando o Brasil para o abismo. Essa que é a grande realidade. Você tem aí uma polarização que faz com que os partidos ou alguns companheiros sejam cooptados”, afirmou.
Apesar do bom desempenho, o discurso acabou não emocionando tanto o público, mas teve como mérito seu principal objetivo: se apresentar aos eleitores brasileiros.
ACERTOU
Desenvolta na sabatina ao Jornal Nacional, da Rede Globo, a presidenciável e senadora Simone Tebet (MDB) apostou em um discurso focado nas mulheres, parcela que tem grande rejeição ao atual presidente da República. Mais propositiva que o ex-presidente Lula, Tebet também abordou projetos que lembram antigas bandeiras do petista, como o fim da miséria.

MANTRA
Apesar do discurso social, ela fez vários acenos ao mercado, dizendo ter o ‘melhor time de economistas liberais”. A frase foi repetida à exaustão na sabatina.
AUDIÊNCIA
Os dados prévios da entrevista indicam que o espaço cedido a candidata do MDB rendeu a menor audiência ao “Jornal Nacional” no comparativo com os demais candidatos à Presidência da República. Ela atingiu cerca de 21,2 pontos, ante 37 de Bolsonaro; 32 de Lula e 29 de Ciro Gomes.
DISPUTA INTERNA
No JN, Tebet citou a ‘puxada de tapete’ de 6 caciques de seu partido, que preferem apoiar a candidatura do ex-presidente Lula. Tebet chamou essa ala de “velho MDB” e afirmou que seus integrantes foram cooptados. Apesar das críticas, a ala continua no partido.
ELE VAI
Presidente Bolsonaro quer ir a forra nesse domingo no debate da Band. Vai com “cola” e tudo fazer as perguntas que diz ele o Bonner não podia fazer na sabatina de ontem (25) no Jornal Nacional.

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Alexandre de Moraes “corrigiu” sua própria decisão e autorizou com ressalvas, na tarde de hoje (26), a exibição da campanha do governo federal que pretende veicular peças publicitárias comemorativas acerca do bicentenário da Independência do Brasil.
ERRO
O gabinete do ministro informou que ocorreu um “erro” anteriormente. Na decisão original, divulgada na terça-feira (23), o ministro vetava a peça publicitária por ver “viés político” na campanha do governo.
ANÁLISE
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para a próxima terça-feira (30) a análise de um conjunto de ações contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição por conta da reunião do presidente com embaixadores no Palácio da Alvorada, na qual ele fez ataques, sem provas, às urnas eletrônicas.

PEGOU MAL
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que deseja reduzir os impostos no país, mas não quer a “chinesada” entrando no país e quebrando as fábricas. “Não queremos a chinesada entrando aqui e quebrando nossas fábricas, nossas indústrias de jeito nenhum”.
FIM
Apesar do tom xenófobo, o ministro afirmou que o governo baixou o IPI em 35% e pretende agora acabar com o imposto. “O IPI é um imposto de desindustrialização em massa”, afirmou.