Do Globo — A deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP) declarou nesta sexta-feira no Twitter apoio ao pré-candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cujo vice é o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB). Tabata argumenta que o atual momento exige coragem e lucidez para deixar as diferenças de lado e que a única frente ampla viável para derrotar Bolsonaro no primeiro turno é a construída por Lula e Alckmin. Em fevereiro deste ano, a pessebista disse que não acreditava que o petista fosse capaz de unir o país da direita à esquerda e que apoiaria Ciro Gomes (PDT).
– Lula e Alckmin estão comprometidos com a renda mínima e fortalecimento da educação básica e da pesquisa. Entendem que a proteção do meio ambiente e combate às desigualdades são essenciais ao nosso crescimento, que não podemos permitir que 33 milhões de brasileiros continuem sem ter o que comer. Temos o enorme desafio de reconstruir o nosso país, e essa reconstrução só será possível com a nossa união – escreveu.
O post veio quatro dias após a parlamentar ter se encontrado pela primeira vez com Lula e Janja, em São Paulo. Tabata, que disputará o segundo mandato como deputada federal por São Paulo, é uma das apostas do PSB para puxar votos no estado.

Em participação no podcast “Flow”, em fevereiro deste ano, a deputada tinha declarado que votaria em Ciro Gomes (PDT) em uma eventual disputa com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula. Tabata foi correligionária de Ciro quando era filiada ao PDT. Ela deixou o partido após ter ido contra a orientação da legenda e votado a favor da Reforma da Previdência. Quando se juntou ao PSB, a sigla já havia começado as negociações com o PT para as eleições presidenciais. Em entrevista ao Estado de S. Paulo, ela tinha pontuado que era contra a aliança, mas que poderia votar no PT no segundo turno como tinha feito em 2018.
Tabata também usou o comunicado para fazer referência a ataques feitos pelo presidente Bolsonaro às urnas eletrônicas e ao processo eleitoral em evento com embaixadores de diversos países, e aos casos de violência política que ocorreram em algumas partes do Brasil.
– Os próximos 65 dias serão decisivos para o futuro do nosso país. Já estamos vivendo episódios inaceitáveis de violência política e questionamento aos processos eleitorais. Diante desse quadro, não me posicionar não é uma opção e o meu lado é o da democracia, da educação e daqueles que mais precisam – pontuou a deputada.







