Da Redação do Blog – Desaparecido da vida pública e escondido dos guias eleitorais das últimas duas campanhas, o ex prefeito Geraldo Julio (PSB) retornou ao noticiário político de forma inusitada. Ele “plantou” uma informação no Blog de Elielson, da CBN, de que seria “o melhor nome” para compor a chapa do atual prefeito João Campos, em 2024. A tese não passa de um delírio do ex-prefeito, que é suspeito de várias irregularidades durante a Covid-19. Até assessores do atual gestor sorriram, de forma sarcástica, quando leram a informação.
Na pandemia, Geraldo e alguns assessores próximos, como o ex-secretário de Saúde Jaílson Correia, ficaram na mira do Ministério Público Federal e da Justiça. Houve até pedidos de prisão, negados posteriormente. O caso dos famosos “respiradores de porcos” ganhou as redes sociais e teve impacto na gestão. A prefeitura queria colocar material usado com animais para fazer o tratamento de vítimas de Covid e se deu mal.
Na segunda (24), Jailson Correia voltou ao noticiário, depois de ficar alguns meses sumido. É que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) concedeu parcialmente um habeas corpus solicitado pela defesa do ex-secretário.
Agora, o Ministério Público Federal terá 30 dias, a partir do recebimento da decisão, para concluir inquérito policial que originou a Operação Bal Masqué, que investiga a compra de máscaras, aventais e toucas descartáveis pela prefeitura do Recife.

Há também uma investigação de compra camas e colchões hospitalares feita à mesma empresa das toucas, aventais e máscaras, a Delta Med Distribuidora de Medicamentos Eireli. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) fez uma auditoria especial, concluiu há quase três anos um relatório técnico, mais ainda não o julgou. Estima-se um dano aos cofres públicos de R$ 11,7 milhões.
O mais “interessante” é que esse “devaneio político ” da “chapa Jo-Ju” surge em um momento bem sensível das articulações para 2024 e também para 2026. Ainda não está muito claro, mas a “parceria” entre Raquel Lyra e setores do PT já anda provocando ciúmes.
A governadora foi para Brasília e conseguiu dinheiro para investimentos pesados no estado. Nessas agendas, disseram os analista mais atentos, ela manteve encontros mais do que “meramente republicanos” com o presidente Lula.
Na terrinha, posou para foto com a cúpula petista local, durante o encontro em que todos “pregaram “ união pelo ramal Salgueiro-Suape da Ferrovia Transordestina. Estavam lá, lado a lado, Raquel e os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão.
Noves fora, depois dessas confabulações, fica até sem sentido o PSB cogitar fazer uma chapa “puro-sangue” em 2024, com João e Geraldo.
Afinal, o prefeito cairia nesse conto e abriria a guarda para deixar o PT “livre” para a “paquera” com o governo de Raquel? Abriria a mão de um vice petista que poderia neutralizar o possível crescimento do grupo da governadora na capital? O PSB permitiria que os petistas pernambucanos dessem o troco quase 20 anos depois que Eduardo Campos, o pai de João, praticamente colocou todos os partidos da esquerda embaixo do braço e quase transformou o PT em uma legenda de menor expressão local?
Tudo isso parece tão improvável quando a possibilidade do ex-prefeito Geraldo Júlio sair das sombras em que foi colocado e voltar às ribaltas da política.









