BRASÍLIA Líder do PSL no Senado, o senador Major Olímpio (SP) disse nesta quarta-feira (12) que o ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa que mentiu à CPMI das fake news, no Congresso, cometeu crime ao atacar a repórter da Folha Patrícia Campos Mello. Para o senador, a CPMI deveria ter decretado a prisão em flagrante.
“Em uma comissão parlamentar de inquérito, e estando sob juramento, qualquer cidadão tem que dizer a verdade, sob pena de cometer crime. Acusações sobre a honra, a conduta profissional e moral da jornalista, ao meu ver, caracterizam crime”, afirmou Olímpio. O senador Major Olímpio (SP), líder do PSL – Adriano Machado – 9.out.2019/Reuters Para ele, a comissão “deveria ter feito a prisão em flagrante pelo cometimento de crimes”.
“Se nada fez, nada se opõe à possibilidade de representação, por parte da vítima, na polícia e no Ministério Público, ao presidente do Congresso e ao presidente da Câmara, haja vista que parlamentares manifestaram solidariedade à conduta criminosa praticada pelo depoente, além de recorrer ao Conselho de Ética, e às comissões da Mulher e dos Direitos Humanos”, afirmou o líder do PSL.
Para o líder do PSL no Senado, não há dúvida de que houve a prática de crimes. “Independentemente do resultado da CPI, foram praticados crimes contra a honra e, eventualmente, com participação e/ou couautoria de parlamentares”, afirmou.
Hans River do Rio Nascimento trabalhou para a Yacows, empresa especializada em marketing digital, durante a campanha eleitoral de 2018.
Em dezembro daquele ano, reportagem da Folha, baseada em documentos da Justiça do Trabalho e em relatos de Hans, mostrou que uma rede de empresas, entre elas a Yacows, recorreu ao uso fraudulento de nome e CPF de idosos para registrar chips de celular e garantir o disparo de lotes de mensagens em benefício de políticos.