Da Redação do Blog – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) acusa a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal, responsável pela condução do processo judicial da Operação Integration, de tratar de forma desigual os integrantes do processo, desrespeitando os deveres de um juiz.
A juíza “demonstra quebra do dever de assegurar isonomia/paridade de tratamento às partes”, escrevem as cinco promotoras do MPPE no parecer divulgado pelo Blog favorável ao pedido de suspeição contra ela impetrado no TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) por Darwin Henrique da Silva Filho, dono da empresa Esportes da Sorte, preso e depois solto na Operação Integration.
A investigação apura crimes de lavagem de dinheiro por empresas de apostas esportivas on-line e chegou a indiciar, no ano passado, duas dezenas de pessoas, mandando prender algumas delas, como a influenciadora Deolane Bezerra, detida duas vezes, e o cantor Gusttavo Lima.

O MPPE concordou com as alegações do empresário de que a juíza ignorou completamente os pedidos e impugnações de seus advogados e dos advogados de outros investigados, enquanto, ao mesmo tempo, aprovou de forma irrestrita todas as representações contra os acusados que comanda as investigações da operação. Algumas destas aprovações, diz o MPPE, foram dadas sem seu conhecimento e prévia manifestação.
Relata o MPPE no parecer que Darwin Filho “indicou os números de ID” (identificação) “de vários pedidos formulados, que até o presente momento não foram apreciados, e indicou as representações do Delegado de Polícia, que, protocoladas posteriormente, foram analisadas e deferidas, sem a oitiva prévia do MPPE”.
Assinala ainda o MPPE que a juíza da 12ª Vara Criminal “também não justificou a inércia em apreciá-los “ (os pedidos dos advogados do empresário) “e o motivo dos deferimentos incontestes dos pedidos formulados pelo Delegado de Polícia”.