Do Globo — A Polícia Federal investigou a morte do contramestre do navio cargueiro MSC Agadir, que atracou no Porto de Suape, no Grande Recife, na quinta-feira (6). Natural de Myanmar, no sudeste asiático, Lin Lin Tun, de 51 anos, foi encontrado morto por outros tripulantes dentro da sua cabine no último dia 27.
A embarcação de bandeira de Hong Kong, na China, contava com cerca de 30 tripulantes e transporta contêineres com diversos materiais. Segundo o relatório da embarcação do dia da morte, os tripulantes sentiram falta do myanmarense no café da manhã e foram até sua cabine. O dormitório estava trancado e o ocupante não respondeu aos chamados e às ligações dos colegas. Uma chave reversa foi usada para abrir a porta e o chinês foi encontrado morto no chão, por volta das 7h50.
De acordo com a Polícia Federal, o estrangeiro morreu quando o navio passava próximo a Fortaleza, no Ceará, e o corpo foi colocado na câmara frigorífica da embarcação até chegar ao Porto de Suape, por volta das 10h da última quinta (6).
Os tripulantes acionaram as autoridades e representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que realizaram os procedimentos de saúde pública no navio. Os policiais federais também estiveram nas dependências do MSC Agadir e deram início ao trabalho de perícia e coleta de provas para subsidiar as investigações.
Na sequência, o corpo seguiu para o Instituto Médico Legal (IML), na área central do Recife, onde foi submetido ao exame tanatoscópico para identificar a causa da morte.
A Polícia Federal informou que, após a análise dos depoimentos, perícias e o laudo do exame, não há indicativo de ação criminosa, sendo a morte decorrente de causas naturais.
A investigação foi concluída e o corpo, embalsamado para retornar à China, onde será entregue aos parentes. As despesas com translado e com a funerária ficaram a cargo dos representantes da embarcação no Brasil. Após retirada do corpo o navio foi liberado pela Polícia Federal, Anvisa e Marinha de Brasil.
