Com informações do G1 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aprovou planos para um ataque no Irã, afirmou a mídia americana na quarta-feira (19).
Segundo o jornal The Wall Street Journal e a rede de TV norte-americana CBS, funcionários do alto escalão teriam informado que o presidente aprovou um plano tático de ataque, mas não havia dado a palavra final sobre se o ataque seria feito.
Fontes ouvidas pelos jornais disseam que o presidente teria suspendido a ação até que houvesse uma palavra final do Irã sobre seu programa nuclear. A proposta de Trump é de não atacar o país apenas se ele abandonar seu programa nuclear.
Ontem, em coletiva de imprensa, ao ser questionado sobre possíveis ataques contra o Irã o presidente norte-americano não negou. “Não posso dizer ainda”, afirmou a jornalistas.
Entenda possível entrada dos EUA no conflito
A escalada dos ataques entre Israel e Irã aumentou a pressão para que os Estados Unidos se envolvam diretamente no conflito. Nesta quarta-feira (18), o presidente Donald Trump se reuniu com integrantes do Conselho de Segurança Nacional e sinalizou a possibilidade de uma ação militar.
Em resposta, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, advertiu que qualquer ofensiva americana terá “consequências sérias e irreparáveis” e prometeu reagir caso o país seja alvo de bombardeios.
Entenda abaixo porque o envolvimento dos EUA no conflito parece inevitável, segundo especialistas ouvidos pelo g1.

Aliança histórica entre EUA e Israel
- Os Estados Unidos são aliados estratégicos de Israel e, tradicionalmente, se posicionam ao lado do país em conflitos no Oriente Médio.
- Em fevereiro, o presidente Donald Trump retomou a política de “pressão máxima” sobre o Irã, com o objetivo de forçar um novo acordo nuclear.
- Trump também já havia declarado que, se as negociações fracassassem, poderia atacar o Irã com apoio de Israel.
- O uso da palavra “nós” em postagens recentes sobre o controle do espaço aéreo iraniano acendeu alertas sobre a possível entrada dos EUA no conflito.
- Movimentação militar e sinais de preparação para a guerra
- Os Estados Unidos reforçaram sua presença militar no Oriente Médio com o envio de caças e aviões estratégicos. Aeronaves também foram deslocadas da Europa para a região.
- Para especialistas, trata-se de um movimento que vai além da intimidação.
“Pela escala dos deslocamentos e pelo tipo de armamento, são todos sinais de uma preparação para a guerra”, analisa Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo IUPERJ e colaborador do Centro de - Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil.
- Ele destaca também o uso de navios especializados em desminagem como um indicativo de preparação para um conflito naval no Golfo Pérsico.
Segundo o professor, mesmo que a movimentação seja uma forma de o governo americano pressionar o Irã, trata-se de “um teatro bem caro e expressivo”.
Programa nuclear iraniano
O programa nuclear iraniano é uma preocupação para os Estados Unidos, que têm a capacidade bélica necessária para eliminá-lo. Especialistas afirmam que apenas os EUA possuem armamento adequado para destruir os bunkers do Irã. O envolvimento militar pode ter um custo político significativo para Trump, que prometeu não gastar com guerras, mas alguns acreditam que ele pode contornar isso, já que tem um controle sobre seu eleitorado.









