Do UOL – Os presidentes de Brasil e EUA, Lula e Donald Trump, se encontraram hoje pela primeira vez. O líder norte-americano afirmou que eles se abraçaram e combinaram um encontro para a próxima semana, sem especificar quando e onde.
A coluna já havia confirmado que os dois trocaram um aperto de mãos, em um encontro rápido nos bastidores da Assembleia Geral da ONU. Um encontro entre ambos, mesmo que brevemente, passou a ser uma possibilidade desde a véspera da Assembleia Geral, fontes dos dois países indicavam à coluna.
“Tenho um pequeno problema em dizer isso, porque devo dizer que eu estava entrando e o líder do Brasil estava saindo. Nós nos vimos. Eu o vi, ele me viu e nós nos abraçamos. E então eu estou dizendo. Você acredita que eu vou dizer isso em apenas dois minutos? Mas nós realmente concordamos que nos encontraríamos na próxima semana. Nós não tivemos muito tempo para falar, cerca de 20 segundos. Eles estavam em retrospecto. Estou feliz de ter esperado.”
Donald Trump
Trump elogiou o presidente Lula, dizendo que “ele parecia um cara muito bom, na verdade”. O brasileiro esboçou um sorriso, enquanto ouvia da plateia. “Mas nós tivemos, pelo menos por cerca de 39 segundos, nós tivemos uma ótima química”, finalizou.

Lula abriu o encontro de líderes mundiais, sem a presença de Trump na sala e sem aplausos da delegação norte-americana. O presidente dos EUA fez seu discurso na sequência, e o brasileiro acompanhou da plateia. O breve encontro aconteceu no momento em que os dois países atravessam o pior momento em 201 anos de relações bilaterais, e um dia após a gestão Trump acionar mais uma vez restrições de vistos e sanções financeiras da Lei Global Magnitsky contra alvos brasileiros. As novas ações foram uma resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes.
Há quase três meses, Trump acusa o Brasil de mobilizar uma caça às bruxas a seu aliado político. O republicano reclama ainda de decisões do STF de regulação às big techs, o que gerou acusações da Casa Branca de violação à liberdade de expressão e de dano financeiro a cidadãos e empresas americanos. Desde 6 de agosto, Trump impôs uma tarifa de 50% a cerca de 60% dos produtos brasileiros exportados aos EUA.









