Da Redação com CNN – A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Carmen Lúcia, anunciou que o Tribunal dará “resposta rápida” à notícia-crime impetrada por Guilherme Boulos (PSOL), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito eleito Ricardo Nunes (MDB). A ação se deveu a declarações de Tarcísio segundo as quais a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) orientou votação em Boulos.
O relator será o ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cabe à ministra Carmen Lúcia decidir se abre ou não uma investigação sobre o caso.
No domingo, Tarcísio afirmou haver informações de inteligência apontando que uma facção criminosa na capital paulista orientou pelo voto em Boulos. A declaração foi dada a jornalistas no local de votação do governador. Ele estava acompanhado do prefeito reeleito Ricardo Nunes, de seu então candidato a vice, Coronel Mello Araújo, e de outros apoiadores.

Ao ser questionado sobre supostas orientações do PCC contrárias à campanha da deputada federal Rosana Valle (PL-SP), no litoral paulista, o governador afirmou que “isso aconteceu aqui em São Paulo também, com o Ricardo”. “Disseram para votar no outro”, acrescentou. Quando um jornalista perguntou quem era o outro, Tarcísio não titubeou: “Boulos”, respondeu.
“A gente vem alertando isso há muito tempo, a infiltração do crime organizado na política. Então, nós fizemos um trabalho grande de inteligência, temos trocado informações com o Tribunal Regional Eleitoral para que providências sejam tomadas”, continuou o governador.
Segundo ele, “houve interceptação de conversas e de orientações que eram emanadas de presídios por parte de uma facção criminosa, orientando determinadas pessoas em determinadas áreas a votar em determinados candidatos”.









