O engenheiro civil Telga Araujo Filho, de 72 anos, faleceu nesta quarta-feira, 02. A causa da morte não foi divulgada. O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Pernambuco – CREA, divulgou uma nota de pesar.
Telga formou-se na Universidade Federal de Pernambuco em 1974, trabalhou na Chesf por décadas como engenheiro civil, e foi diretor da Empresa de Obras de Pernambuco (Emoper) durante o segundo governo de Miguel Arraes. Também foi presidente do Conselho do CREA-PE entre os anos de 2000 e 2005.
Veja a nota de pesar do CREA-PE:
Mas, lindo mesmo, foi o texto que foi feito e compartilhado por amigos do engenheiro em sua homenagem, e que toca todos nós nesses dias tão difíceis.
Leia:
MAIS UM ADEUS…
(Em memória de Telga Gomes de Araújo Filho)
E nessa loucura que chamamos de vida,
E nesse hospício que chamamos de mundo,
Os amores, as amizades, as coisas queridas,
Principalmente aquelas que batem mais fundo
Estão indo embora, sem avisar.
Sem dizer quando nem a hora,
Enfim, simplesmente vão, somem, morrem e se evaporam..
Só nos resta ficar com a saudade, com as lembranças, com os velhos tempos de crianças, dos sonhos, das esperanças, de tudo que vivemos e se acabou…
Como dói perder mais uma parte da nossa história,
Um belo jardim que um dia floriu na nossa trajetória,
E ver o vendaval dos anos vividos levá-lo para sempre, para a poeira amorfa da nossa cansada memória…
Nesses tempos confusos, malucos, obtusos e bicudos,
Nessa última etapa da nossa caminhada,
As perdas são imensuráveis, somos impotentes, somos Incapazes de fazer alguma coisa,
Apenas bocas caladas, corações e almas dilaceradas…
Nossas vidas e daqueles a quem amamos,
Começam a se esvair por entre nossos dedos,
Levando todas antigas alegrias e trazendo novos medos,
Que já não são mais segredos,.
E que já não podemos mais evitar ou segurar…
Antigas belas imagens que povoaram nossos pensamentos,
Pinçadas do fundo dos nossos sentimentos.
Começam a ficar distantes, semiapagadas, enevoadas e,
Se esvaem nas brumas da saudade, nas asas do não mais ver…
Apesar de meio distantes agora, no final,
Construímos uma história feliz e engraçada,
Recheadas das nossas rixas, de nossas piadas,
Do nosso Timba, das nossas maluquices, das nossas risadas…
Dividimos vivemos momentos sublimes das nossas vidas:
Empregos, viagens, casamentos, moradias, filhos, carinhos,
Coisas queridas e gostosas que pavimentaram nossos caminhos
Com amor e ternura que hoje, aluam como espinhos,
A asfixiar, nessa pandemia, minha saudade, minha solidão…
Não devia ter partido velho amigo, ainda era cedo…
Embora não nos falássemos com tanta frequência,
Era bom saber e ouvir a sua existência,
Nos nossos eventuais telefonemas ou nos anuais de parabéns„.
Velha águia, você voou…
Um dia, sei lá quando, nos encontraremos de novo,
Para gritar um gol, fazer presepadas, rir, atazanar nossas amadas,
Enfim, reviver o já vivido, e termos a certeza de saber,
Que tudo jamais foi esquecido…