O Antagonista — A Construtora Ferreira Guedes, responsável pelas obras do eixo norte da transposição do São Francisco – teve seu nome envolvido na Lava Jato.
Um de seus diretores foi alvo da Operação Abismo, que investigou fraudes e corrupção na construção do novo Cenpes, o centro de pesquisas da Petrobras.
Na ocasião, estava associada à Construcap, dos irmãos Roberto e Eduardo Capobianco.
Erasto Messias Júnior, sócio da Ferreira Guedes, chegou a ser preso. Ao fim do processo, acabou absolvido por Sergio Moro.
A Ferreira Guedes foi responsável também pelas obras de um viaduto que desabou em Fortaleza em 2016.

E integrou com a Queiroz Galvão o consórcio responsável pelas obras de mobilidade urbana no entorno da Arena das Dunas em Natal.
A construtora também participou de consócios com diversas empreiteiras investigadas na Lava Jato, como OAS e Acciona. E possui grande acervo de obras em São Paulo.
No caso da Transposição, a empreiteira havia ficado em quarto lugar na disputa que se arrastou na Justiça. Ela assumiu o contrato em 2018, no governo Michel Temer, em parceria com a Toniolo Busnello.
No ano passado, uma decisão do ministro João Otávio de Noronha liberou a obra, que, segundo o Portal da Transparência, foi orçada em R$ 485 milhões e concluída por R$ 574 milhões.