Da Redação do Blog – As exclusivíssimas torres do Mirante do Cais, no Cais José Estelita, no bairro do Cabanga, próximo ao centro do Recife, nas quais o preço de um apartamento varia de R$ 3,8 milhões a R$ 4,5 milhões, não deixam de atormentar os arrependidos moradores. A queixa dessa vez é de um vazamento de gás causado pela má instalação dos dutos até os apartamentos, que estão deixando os donos apavorados com o risco de uma tragédia.
No final da semana passada faltou água nos dois prédios de 148 apartamentos, porque a Moura Dubeux, maior construtora residencial do Nordeste e renomada por imóveis de alto padrão, simplesmente não instalou os poços artesianos que havia prometido para as emergências de abastecimento d´água, denunciam os moradores. “A Moura Dubeux iludiu 148 famílias. Vendeu luxo e entregou lixo”, lamenta um dos proprietários.

Os problemas de segurança ao redor das torres continuam, pois a MD, como também havia prometido, não realocou a comunidade que invadiu os terrenos da Rede Ferroviária, vizinhos das torres. Houve três assaltos a mão armada recentes nas proximidades, relatam os moradores do Mirante do Cais. Foi completamente ignorado um ofício do condomínio ao 18º Batalhão da Polícia Militar para reforço da segurança em torno das torres.
Os moradores queixam-se igualmente de que o condomínio paga R$ 80 mil por mês a uma empresa de segurança interna sem competência e tradição no mercado. Uma outra queixa é de que os extintores de incêndio são de pequeno tamanho e mal colocados.

Os donos dos apartamentos do Mirante do Cais estão divididos sobre se movem ou não ação judicial contra a Moura Dubeux pelas falhas nas instalações e pelas promessas não cumpridas, revela um deles. A maioria se queixa de que o síndico das torres, Frederico Tavares, “é conivente com os desmandos da MD”, declara um dos proprietários.
Com apartamentos entre 227m² e 268m², o Mirante do Cais é uma das obras da Moura Dubeux que deflagrou em 2014 o Movimento Ocupe Estelita (MOE), cujos protestos e ações judiciais alteraram o projeto de construção de 13 prédios de 40 andares no Cais José Estelita, em frente à Bacia do Pina, conseguindo reduzir a quantidade e o gabarito dos imóveis.

O OUTRO LADO
Não conseguimos ouvir o síndico Frederico Tavares e nem a Moura Dubeux. O espaço está aberto a manifestações e a reportagem pode ser atualizada a qualquer momento.









