Por Ricardo Antunes — Mais um capítulo na briga entre o PSDB, de Raquel Lyra, e o PSB, de João Campos, envolvendo o Centro de Referência do Idoso, em Areias, na Zona Oeste do Recife. O governo tucano tirou da prefeitura “socialista” o imóvel, alegando existência de “vícios insanáveis que maculam o Termo de Prestação de Contas e Compensação Financeira.” (veja o vídeo mais abaixo)
Detlhe: no penúltimo dia de mandato, o então governador Paulo Câmara, que ainda estava no PSB, repassou a posse da instituição para a prefeitura, administrada pelo filho de Eduardo Campos.
Agora, o vereador do Recife Alcides Cardoso (PSDB), um dos escudeiros do tucanato, foi para as redes sociais para fazer uma denúncia. O parlamentar disse que “a prefeitura do Recife quis tomar a todo custo o Centro de Referência do Idoso, no bairro de Areias, para fazer a lavagem de dinheiro de mais de R$ 20 milhões que deveriam ter sido utilizados no combate à Covid-19”.
Veja o vídeo do verador:
porque utilizou os idosos recifenses para tentar esconder o real motivo por trás da cessão do imóvel do governo de Pernambuco no penúltimo dia da gestão de Paulo Câmara em um processo cheio de irregularidades”.
Segundo o parlamentar, essa cessão foi “justificada com a troca absurda do Centro do Idoso por materiais e medicamentos vencidos para o enfrentamento da pandemia, que haviam sido repassados de graça ao estado”.
Na sexta passada, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a prefeitura do Recife deverá desocupar o imóvel e devolvê-lo ao estado, após intimação. Antes disso, o município poderá agendar a retirada de equipamentos. O estado disse, ainda, que a decisão seria comunicada ao Tribunal de Contas (TCE).
Histórico
Os tucanos afirmam que, no início do ano, foram identificadas “possíveis irregularidades” no convênio de cooperação técnica. Por isso, o governo abriu, no fim de abril, um processo administrativo. Além disso, informou o estado, uma decisão judicial determinou que a prefeitura não poderia inaugurar o centro, mas a gestão municipal não cumpriu a determinação.
O processo administrativo identificou, de acordo com o governo, que a cessão do imóvel não foi autorizada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e a Procuradoria Geral do Estado não validou a previamente a celebração da prestação de contas.
Por fim, acrescentou a gestão tucana, “a prestação de contas não tinha detalhamento sobre o valor da compensação financeira. Dois relatórios técnicos do TCE-PE identificaram que os repasses de medicamentos pela Prefeitura do Recife ao governo do estado causaram um prejuízo de R$ 12,2 milhões”.









