Dono da agência de publicidade FW Comunicação, Fábio Wajngarten, ao assumir como secretario de Comunicação da Presidência, omitiu da Comissão de Ética Pública informações sobre as atividades de sua empresa e os contratos mantidos por ela com TVs, como Record, SBT e Band, e agências de propaganda.
Todos esses clientes de Wajngarten também recebem dinheiro da própria secretaria de Comunicação, além de ministérios e de estatais do governo de Jair Bolsonaro. Ele foi acusado de corrupção ao privilegiar seus clientes com verbas publicitárias do governo federal maiores do que os demais. O ato foi praticado desde que chegou, em abril, ao cargo público.
Entenda o Caso:
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Comissão de Ética
O secretário foi questionado pela Comissão de Ética em 12 de abril do ano passado, de acordo com a Folha de S. Paulo, sobre as participações societárias dele e de parentes. Um documento assinado por ele nesse dia mostra a importância da veracidade das informações, já que algumas delas poderiam gerar conflito entre os interesses público e privado.
Ao longo de um questionário de oito páginas, assinado por ele em 14 de maio, Wajngarten omitiu o ramo de atuação das companhias dele e de familiares, bem como os negócios mantidos por elas.

Resposta de Fabio Wajngarten
Questionado pela Folha no mês passado se as atividades da FW Comunicação e os contratos por ela firmados foram detalhados à Comissão de Ética ao assumir o cargo, o chefe da Secom respondeu que “isso jamais foi questionado”.
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