Do G1 — O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu, neste sábado (23), uma reunião com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. O líder de Kiev declarou que o encontro seria importante para “pôr fim à guerra” e disse não temer o representante de Moscou. “Acredito que quem começou a guerra poderá pôr fim nela”, disse Zelensky em uma coletiva de imprensa em uma estação de metrô no centro de Kiev. O líder ucraniano reiterou que não tinha “medo” de se reunir com Putin, se isso permitisse alcançar um acordo de paz entre os dois países.
“Eu insisti desde o início sobre [a importância de] negociações com o presidente russo”, disse o líder ucraniano. “Não é que eu queira [encontrá-lo], e sim que devo encontrá-lo para resolver esse conflito pela via diplomática”, completou.
Porém, ao mesmo tempo em que pediu para se reunir com Putin, Zelensky também advertiu à Rússia que encerrará todas as negociações de paz caso soldados ucranianos sejam mortos em Mariupol, no sudeste do país.
“Se nossos homens forem assassinados em Mariupol e se forem organizados supostos referendos na região de Kherson (sul), a Ucrânia vai se retirar de todo processo de negociação”, afirmou Zelensky.
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Um pouco mais cedo, uma tentativa de retirar civis de Mariupol foi “impedida” pelas tropas russas que controlam grande parte dessa cidade do sudeste da Ucrânia. Segundo o conselheiro da prefeitura local, Petro Andryushchenko, que relatou a operação, cerca de 200 habitantes da cidade foram para o ponto marcado para o embarque, mas foram “dispersos” pelos militares russos.
Alguns deles, acrescentou o conselheiro, foram forçados a entrar em ônibus rumo a Dokuchaievsk, uma cidade ocupada pelos russos 80 quilômetros ao norte de Mariupol. “As pessoas não tinham o direito de sair dos ônibus”, afirmou. Segundo ele, os russos atribuíram a mudança de itinerário “aos disparos de nacionalistas (ucranianos)” na área. “Mais uma vez, os russos impediram uma retirada”, criticou Andryushchenko.
Após quase dois meses de cerco e de bombardeios, grande parte de Mariupol, um estratégico porto industrial no Mar de Azov, foi ocupada pelas tropas russas, mas soldados ucranianos permanecem







