O convite ao deputado mineiro Mauro Lopes, há duas semanas, para assumir o cargo de ministro da Aviação Civil foi visto como uma afronta. Dias antes, o partido aprovara em sua convenção nacional uma moção que proibia os filiados de assumirem cargos novos no governo num intervalo de 30 dias. Depois que explodiram os escândalos da delação de Delcídio Amaral, as conversas do ministro Alouizo Mercadante e o aúdio entre Dilma e Lula( em que ela o envia um termo de posse para ser assinado “somente em caso de necessidade”) o clima azedou de vez junto com o ronco das ruas. Com a possibilidade cada vez mais real do PMDB assumir o Palácio do Planalto foi aceso o pavio da contagem regressiva do governo Dilma. Pior, a saída do governo será decidida por aclamação na reunião dessa terça-feira. O vice ainda recebeu Lula, ontem, no Palácio do Jaburu mas apenas para confirmar a saída e desabafar novas críticas contra Dilma. Lula teria ficado calado. Agora os setes ministros do partido terão um prazo para deixarem o governo. Se não o fizerem serão expulsos do partido. Com o processo de impeachment perto de ser aberto pela Câmara dos Deputados nem Lula tem mais dúvidas: a contagem regressiva para o fim do governo Dilma já começou







