Por Ricardo Antunes – A decisão da candidata Marília Arraes (Solidariedade) de não aceitar o pedido de adiamento da propaganda eleitoral segue rendendo. Não bastasse a neutralidade de Lula em Pernambuco e a onda de adesões ao palanque de Raquel Lyra, agora são os aliados de Marília quem resolveram perder a linha.
Eleitor de Marília, Denilson Cadête, resolveu desdenhar. Ele ironizou uma postagem do assessor de Priscila Krause, candidata a vice na chapa de Raquel, que falava sobre a decisão de Marília. “Se quiser luto, sai do pleito”, cravou o defensor da candidata do Solidariedade. Um misto de deselegância, desrespeito e despreparo.

Embora a campanha de Raquel venha sendo tocada por Priscila na parte dos bastidores, a propaganda eleitoral tem outro contexto, e cabe ser feita por quem encabeça a chapa. A expectativa é que Raquel retome as atividades após a missa de sétimo dia de seu marido, Fernando Lucena, marcada para este sábado. Lucena morreu de infarto no domingo da eleição.
O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco até concordaria com a mudança, mas o marqueteiro Edinho Silva e Marília disseram não. Edinho é o mesmo que aconselhou Marília Arraes a não ir para os debates do primeiro turno. Ela caiu de 38% nas pesquisas da véspera da eleição para 23% nas urnas com essa arrogância. Agora, perdeu até a capacidade da empatia. Como se um dia de campanha fosse alterar o resultado do pleito.
Um erro que já está sendo explorado pelos marqueteiros de Raquel, lembrando que quando Dona Ruth morreu, Lula decretou luto e foi ao velório cumprimentar Fernando Henrique Cardoso. Quando Dona Marisa morreu, Temer repetiu o gesto com o ex-presidente. E aqui em Pernambuco, em 2014, Armando Monteiro suspendeu a campanha por sete dias após a morte de Eduardo Campos. Enquanto isso, um dia depois, Marília já estava dando entrevistas e falando que Raquel era uma bolsonarista com outras cores. Lamentável.
Veja o vídeo:
https://youtu.be/pxU3ubgwIro







