Do JC Online
O ex-secretário estadual de Administração Milton Coelho (PSB) está sendo investigado por suspeita de crime de peculato, ou seja, desvio de dinheiro público. De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o inquérito foi aberto pela Polícia Civil para apurar supostas irregularidades na conduta do ex-gestor.
Milton Coelho foi secretário de Administração do governo Paulo Câmara entre dezembro de 2015 e abril deste ano, quando deixou o cargo para concorrer nas próximas eleições. Milton Coelho já foi presidente estadual do PSB e também vice-prefeito do Recife.
As investigações começaram no início deste ano na Delegacia de Polícia de Crimes contra a Administração e Serviços Públicos (Decasp). No entanto, como Coelho tinha foro especial por prerrogativa de função, a delegada Patrícia Domingos solicitou ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) autorização para dar continuidade ao inquérito. Antes mesmo da decisão judicial, ele pediu exoneração da secretaria e perdeu o foro.
Em parecer à Justiça, o MPPE se manifestou favorável ao “prosseguimento do inquérito pela autoridade policial, com a tomada das providências que entender cabíveis”. Por telefone, a delegada Patrícia Domingos confirmou que está investigando o ex-secretário, mas informou que por enquanto detalhes estão sob sigilo.
Segundo o Código Penal Brasileiro, a pena para o crime de peculato é de dois a 12 anos de prisão, além do pagamento de multa arbitrada pela Justiça.
OUTROS CASOS
Gestores do Governo do Estado tiveram os seus nomes envolvidos em várias investigações nos últimos meses. Em novembro do ano passado, a Polícia Federal de Pernambuco deflagrou a Operação Torrrentes para prender empresários e gestores da Secretaria da Casa Militar suspeitos de desvio de verbas públicas destinadas às vítimas das enchentes na Mata Sul do Estado em 2010 e 2017. O processo já está na Justiça Federal.
Em junho do mesmo ano, a Polícia Civil de Pernambuco concluiu as investigações sobre um esquema de corrupção que supostamente envolvia empresários de ônibus, o Batalhão de Polícia Rodoviária e um então gestor de Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE). Um tenente-coronel do BPRv e um chefe de fiscalização do órgão foram indicados por corrupção passiva.






