Por Ricardo Novelino — Um estudante de direito foi alvo de uma ação da Polícia Militar dentro de uma sala de aula da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), na área central do Recife. Filho de uma importante autoridade do Judiciário estadual, o jovem foi acusado de desrespeitar uma medida protetiva que havia sido expedida contra ele por causa de um suposto assédio.
Houve um princípio de tumulto e algumas turmas foram liberadas, mas o assunto foi resolvido no local. Como o caso está em
segredo de justiça, os nomes dos envolvidos serão preservados pelo nosso site.
A denúncia foi feita há pouco mais de um mês quando a moça ainda era de menor e não havia completado 18 anos. O rapaz tem 21. Tudo teria acontecido depois de uma festa em uma boate onde os dois estavam se “pegando” e depois esticaram a festa para um motel. No outro dia, a jovem fez a denúncia de que teria sido molestada. A defesa do rapaz nega e apontou várias contradições no depoimento da adolescente.
A ação da PM aconteceu por volta do meio dia desta segunda (14). Por meio de nota, a polícia disse que os envolvidos foram levados para a Central de Plantões da Polícia Civil, na Zona Norte da cidade, mas o boletim de ocorrência que recebemos, com exclusividade, mostra que isso não foi necessário.
Nós também procuramos a Polícia Civil que informou que o caso está sendo apurado. Imagens enviadas para o nosso Whatsapp mostram outros estudantes fora das salas de aula para acompanhar a ação da PM. No entanto, não houve nenhuma prisão como tem circulado nas redes sociais.

Depois do episódio na boate, a família da moça entrou em contato com a Justiça e pediu uma medida protetiva para que o aluno não se aproximasse dela em um raio de 500 metros.
Nesta segunda, quando o estudante chegou para aula, depois das férias, a jovem o avistou e acionou a família, que chamou a PM. O aluno foi ouvido no local e seu advogado acionado. Ele informou aos policiais que a medida de proteção foi flexibilizada e que ele, como estudante, tem autorização para frequentar a Unicap. O advogado da moça alega que não sabia da nova medida.
Os dois jovens estudam na mesma universidade, mas em blocos diferentes. Ouvida pelo nosso site, a defesa também reforçou que as acusações contra o rapaz são falsas e que serão esclarecidas durante o processo.









