Por André Beltrão – Trabalhadores da Usina Catende, na Zona da Mata Sul, falida em 1995 e fechada definitivamente em 2012, protestaram hoje no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), na Praça da República, contra a lentidão da Justiça para pagar as indenizações trabalhistas, processo que se arrasta sem solução para nove mil pessoas há mais de dez anos.
Uma comissão dos trabalhadores, recebida pela assessoria da presidência do TJPE, reivindicou a demissão do síndico José Lindoso, dono da empresa de consultoria que dirige a massa falida.
A comissão acusa Lindoso de má gestão, calote e abandono do patrimônio da Usina, que teria sido, segundo o grupo, destruído por sua omissão. “Fizemos a denúncia, tiramos foto e ele nunca tomou providência. Nunca nem pisou aqui”, afirma um dos trabalhadores.
Segundo o advogado Amaro Gustavo da Silva, representante da Comissão dos Trabalhadores Demitidos da Usina Catende, tais recursos deveriam ser destinados ao pagamento dos direitos trabalhistas, o que não ocorreu até agora.
Informou ele que outro tema tratado hoje com a assessoria da presidência do TJPE foi a nomeação de juiz titular para a 18ª Vara Cível, na qual tramita o processo de falência da Usina Catende. O ex-juiz da Vara, Sílvio Romero Beltrão, foi nomeado desembargador substituto do TJPE. A assessoria prometeu a nomeação ainda essa semana, relatou Amaro Gustavo da Silva.
Sílvio Romero Beltrão, acusado de “desonesto” pelo próprio pai, o desembargador aposentado Sílvio Beltrão, em julgamento no TJPE, se tornou alvo, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de pedido de investigação por sua atuação como juiz da 18ª Vara Cível no processo de falência da Usina Catende.









