EXCLUSIVO, Da Redação do Blog – Apesar do inquérito policial a princípio ter apontado legítima defesa do advogado de 77 anos na morte do encanador no último sábado (02), um novo relato dado hoje (05) à Polícia Civil pode inverter a situação e tornar o advogado réu por homicídio doloso. Informações cedidas com exclusividade ao blog revelam que uma nova testemunha apresentou uma versão onde o advogado teria iniciado as agressões.
“Ele (Marcos) tava lá de boa e seu Jurandir foi mexer com ele”, indicou o ajudante do encanador Marcos Antônio Nery de Sena, de 32 anos, vítima do advogado Jurandir Ferreira de Moraes, de 77 anos. A gravação foi enviada pelo ajudante à família da vítima no dia da morte do encanador e repassada ao blog com exclusividade. Nela, é possível perceber que o auxiliar está claramente abalado e embriagado com a notícia da morte do amigo. (Ouça o áudio no final da matéria).
O blog também teve acesso aos áudios enviados pela vítima no dia de sua morte para familiares. Numa das gravações, Marcos explica o serviço que faria na casa do advogado Jurandir. Neste áudio, o encanador conta que teria ido limpar a caixa d’água com um ajudante, mas próximo de terminar a limpeza o advogado o teria solicitado para consertar um chuveiro que estaria vazando.
Em outra mensagem, a vítima comenta o temperamento difícil de Jurandir, destacando que na hora do pagamento isso era mais evidente. No último áudio enviado a familiares, Marcos conta que estaria esperando Jurandir voltar com o chuveiro novo e que dispensaria o ajudante assim que o patrão chegasse.

O caso aconteceu na tarde do último sábado (02) no bairro de Parnamirim, na Zona Norte do Recife. Em depoimento prestado à Polícia Civil, Jurandir disse que teria chamado o encanador para fazer o serviço às 11h da manhã e no meio da tarde ele teria chegado.
Ainda de acordo com o advogado, Marcos chegou a residência acompanhado de uma pessoa e com sinais de embriaguez. Sem dizer o motivo, o advogado contou que Marcos teria partido para cima dele com uma faca. Na briga, o encanador caiu em cima de um móvel e nesse momento teria ido ao quarto pegar a arma e efetuado os disparos. Marcos foi atingido em quatro lugares: no braço, no abdômen, nas nadêgas e nas pernas.
O próprio advogado ligou para a polícia após o homicídio e com a chegada dos policiais foi preso em flagrante e levado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da cidade. A arma calibre 38 usada no crime não tinha registro e após prestar depoimento e pagar fiança pelo crime de porte ilegal, Jurandir foi liberado.
Ouça o áudio:
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