Da Redação do Blog – Com a oitiva de mais 10 testemunhas, de acusação e defesa, nos dias 24 e 25 de abril próximos, a juíza Inês Maria de Albuquerque Alves, da 1ª Vara do Júri de Jaboatão dos Guararapes, concluirá audiência de instrução e julgamento que decidirá se irá ou não a júri popular o policial militar João Gabriel Tenório Ferreira. O PM é acusado de matar a ex-namorada Maria Clara Adolfo de Souza, 21 anos, grávida dele de quase quatro meses, com 11 tiros de calibre 9mm, em 24 de julho do ano passado.
A primeira audiência de instrução e julgamento ocorreu no último dia 27 de fevereiro e foram ouvidas somente testemunhas de acusação – o pai, a mãe e a irmã de Maria Clara, que era estudante de enfermagem. Nos dias 24 e 25 de abril, além da oitiva das testemunhas restantes, haverá as alegações finais da promotoria, do assistente de acusação, da defesa e da Defensoria Pública e a juíza decide, então, se o PM irá ou não a júri.
“Acredito firmemente que o PM irá a júri, pois todas as provas do assassinato e os testemunhos são muito robustos”, afirma o advogado Sérgio Gonçalves, contratado pela família da vítima.

O processo relata que João Gabriel teria fulminado a ex-namorada com tiros na cabeça, pescoço, ombros e costas, por não concordar em abortar uma filha do relacionamento, que se chamaria Aurora. Maria Clara foi atraída para fora de casa, na Rua Belo Jardim, no bairro de Socorro, em Jaboatão dos Guararapes, por volta das 21h40 de 24 de julho por um recado de um amigo do ex-namorado dizendo que o PM tinha uma quantia de dinheiro para lhe entregar.
Também é réu na audiência de instrução e julgamento e pode ir a júri popular Eduardo Oliveira da Silva, conhecido como Eduardo Toupeira, acusado de dirigir a motocicleta Honda CG 160 Start usada pelo PM para atirar em Maria Clara. João Gabriel está preso desde agosto, no Centro de Reeducação da Polícia Militar, em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, e Toupeira desde setembro, no Cotel, igualmente em Abreu e Lima.









