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Home Política

Opinião: “Ele não muda, como o Vírus, Bolsonaro tem uma identidade”, por Reinaldo Azevedo

Bolsonaro poderia estar no comando dos esforços para que o país supere aquela que tem tudo para ser a quadra mais difícil de sua história.

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
04/04/2020 - 08:02
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Reinal Azevedo, UOL – O presidente Jair Bolsonaro insiste na sua cruzada destrambelhada contra as medidas de quarentena. Em vez de conversar com os governadores, ele os insulta. Em vez de dialogar com os cientistas e especialistas, ele os hostiliza. Em vez de se colocar como o líder de uma nação, acima das divergências — ao menos enquanto pesar sobre as nossas cabeças a espada do invisível, mas certo e perigoso —, ele prefere falar com o líder de uma facção. Em vez de granjear apoios para uma batalha que será necessariamente longa, vai fazendo adversários.

Bolsonaro, junto com os extremistas que estão à sua volta e que o isolam até do núcleo militar de governança do Palácio do Planalto, decidiu usar o vírus para fazer uma aposta: de uma lado, estão ele e seus sectários, com evidente apelo messiânico (sem trocadilho); do outro, o resto dos brasileiros e, literalmente, o resto do mundo.

Bolsonaro deita no divã em praça pública. Notem que sempre foi assim. Ele repete um padrão porque isso o define. Ao longo de 28 anos, ficou à margem de tudo na Câmara dos Deputados. Ninguém queria saber o que pensava. E, quando ele se fazia ouvir em razão de alguma barbaridade dita aos quatro ventos, então vinha a óbvia constatação de que melhor, no seu caso, sempre foi silêncio.

Sua candidatura à Presidência repetiu essa narrativa — embora, nesse caso, estejamos diante de uma farsa. Seu nome contava havia muito tempo com um sólido apoio empresarial. Alguns desses donos do dinheiro estão na raiz da pressão para que ele dê um jeito de acabar com a quarentena.

Mas volto ao ponto: repetiu-se na campanha a fantasia do homem solitário contra o mundo; do “um contra todos”. O antipetismo que não conseguiu encontrar um porta-voz com contundência compatível com a indignação; a militância abertamente política de Sergio Moro e da Lava Jato, destroçando a política dita tradicional, e a facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira, somados, elegeram aquele deputado, antes marginal, presidente da República.

O homem ocupado apenas em pendurar familiares na política para garantir a todos uma boa vida, que usava funcionários da Câmara para afazeres de sua vida privada e que tinha um filho deputado estadual cujo gabinete era uma pequena central para operar rachadinhas, bem…, este homem foi guindado pelo voto ao comando de uma das maiores e socialmente mais desiguais democracias do planeta. Em que daria o sortilégio?

Já não vinha dando em coisa boa, reitere-se. O resultado já era pífio. Não fosse o conjunto de circunstâncias que acabou resultando no tal “parlamentarismo branco” ou “informal”, o presidente teria beijado a lona bem cedo. Se a reforma da Previdência tivesse naufragado, ele não teria se sustentado no poder.

Curiosamente, o “não-governar” lhe garantiu a permanência no governo; o “não-fazer” resultou em alguma eficiência; o alheamento das coisas da administração lhe assegurou uma solidez aparente ao menos no cargo. Em paralelo, note-se, as oposições viviam, e vivem ainda, no transe pós-derrota. O mundo parecia sorrir para Bolsonaro. Mordomos invisíveis, como escreveu o poeta, administravam o essencial da casa — refiro-me à cúpula do Congresso —, e ele podia se entregar alegremente à gazeta, à bagunça, usando seu enorme tempo livre para ofender, achincalhar, dividir o país, alimentando, assim, a sede de impostura, vigarice e truculência de suas milícias nas redes sociais.

Mas aí apareceu o “Alien”, o não-ser que veio de fora; aquele troço que, segundo a teoria, nem ser vivo é; o “walking dead”, o “flying dead”, o “floating dead”… Tomou o mundo e, de um modo terrível, obrigou os governos da Terra a se mostrar como de fato são.

Bolsonaro fez a sua, vá lá, carreira política dividindo pessoas, inventando inimigos inconciliáveis, atacando, agredindo; xingando, vituperando contra o mundo, ignorando a história, desprezando a razão, fazendo pouco caso da ciência… E eis que aquele troço, aquele ladrão de células, aquele White Walker que torna os organismos escravos de seus comandos amorais, faz com que o presidente do Brasil se desnude.

Ele não tem a mais remota noção do que fazer. E age segundo os modos que sabe: dividindo; atacando; apostando no quanto pior, melhor; mirando em tudo o que não reproduz aquela bolha de valores mesquinhos que define a sua identidade.

Notem: as pesquisas que vêm a público do Datafolha e da XP evidenciam que ele não está colhendo frutos positivos de sua postura absurdamente negacionista e arruaceira. Ao contrário: aqueles que resolveu marcar como inimigos crescem, e ele próprio diminui. Na pesquisa da XP, por exemplo, em duas semanas, seu índice de ruim/péssimo saltou de 36% para 42%; o de ótimo e bom variou de 30% para 28%. No mesmo período, a aprovação à atuação dos governadores pulou de 26% para 44%; a reprovação despencou de 27% para 15%.

No Sudeste, região com a maior população do país, os chefes dos executivos estaduais têm agora 37% de “ótimo e bom”, contra 19% de “ruim e péssimo” (há duas semanas, 22% e 27% respectivamente). Os do Nordeste, região com a qual ele jamais procurou se conciliar, a aprovação dos governadores foi de 27% para 50%; a reprovação caiu de 30% para 13%. No dia 20 de fevereiro, 47% diziam que a economia estava no caminho certo; agora, só 36%. No período, galopou de 40% para 50% os que a veem no caminho errado.

Bolsonaro poderia estar no comando dos esforços para que o país supere aquela que tem tudo para ser a quadra mais difícil de sua história. Certamente a temporária e necessária quarentena não é boa para ninguém. O país precisa de um líder que comande o recuo gradual a uma situação de quase normalidade — e sob trauma, porque sabemos que aquele quase-nada invisível estará à espreita, em busca de nossos pulmões. Ele quer a nossa vida não para que possa viver. Ele apenas nos mata.

Ocorre que esse Bolsonaro não existe. Acreditem: nem é por querer que Bolsonaro não muda a sua persona. É que ele não pode. Assim como coronavírus, ele é um organismo que se infiltrou na política e que prospera na doença, no organismo combalido da democracia.

Mas temos de sobreviver, não é? E vamos.

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Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

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