Da Redação do Blog – A LP Saúde empregava até há pouco tempo o médico Marlus Hayron de Almeida Florentino, indiciado pela Polícia Civil por falsidade ideológica (adulteração de documento) e exercício ilegal da Medicina. Ele trabalhou nas unidades da LP Saúde usando o CRM do sogro, Flávio Moreira Paes, número 3497-PE. Na prática, se passava pelo sogro nos laudos que assinava eletronicamente.
A falcatrua foi descoberta em outubro de 2023, nos desdobramentos da investigação sobre agressões à comerciária Amanda Bezerra de Oliveira na unidade da LP Saúde de Prazeres, na qual fez duas consultas com o médico, a última no dia 30 de outubro daquele ano. A comerciária foi agredida pela mulher de Marlus Hyron, a também médica Mariana Paes Florentino, por ciúmes, e a agressão, postada pela vítima nas redes sociais, viralizou.
O inquérito sobre as agressões foi instaurado na Delegacia de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes. A polícia descobriu também que o CRM – o registro legal de médico – de Marlus Florentino tinha sido cassado. Embora se declarando habilitado para clinicar em Mato Grosso e no Pará, ele não renovou, no prazo de 90 dias, o CRM em Pernambuco. Os CRMs que tinha do Amapá e do Pará venceram em 2021.
Ao usar o CRM do sogro, Marius se passava por Flávio Moreira Paes, cometendo falsidade ideológica, o que foi descoberto pela polícia ao confrontar sua figura, identificada por Amanda, com a assinatura diferente no atestado da comerciária, pertencente justamente ao sogro.
Atendida em duas ocasiões na unidade de Prazeres (a primeira ocorreu em 16 de outubro), Amanda pensava que Marius era Flávio, ao ler seus atestados. Ex-professor-adjunto do Departamento Materno Infantil do Hospital das Clínicas da UFPE, Flávio Moreira Paes, pai de Mariana Paes Florentino, a médica que agrediu Amanda, trabalhou na Clínica LP Saúde em 2017.









