Da Redação do Blog – O inquérito instaurado pela Capitania dos Portos para apurar as causas do naufrágio que acabou matando a advogada Maria Eduarda de Medeiros, a Duda, tem prazo de 90 dias para ser concluído e irá colher o depoimento do médico Seráfico Pereira Cabral Junior, namorado dela, piloto e dono do barco afundado.
Em nota ao Blog, a Capitania dos Portos informou que o IAFN (Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação) irá apurar “as circunstâncias e causas” do naufrágio, ocorrido no sábado (21), na praia de Suape.
O resultado do inquérito pode ser levado ao Tribunal Marítimo, órgão vinculado à Marinha, que não pertence ao Judiciário, sediado na Praça XV, no Rio de Janeiro. Composto por sete juízes nomeados pelo presidente da República, incluindo dois oficiais da Marinha e dois advogados, o tribunal profere decisões que podem ser usadas na Justiça em processos criminais e de indenização decorrentes de naufrágios.
A embarcação da tragédia, o pequeno veleiro Holder 12, de fácil navegação, recomendado para iniciantes e para uso em águas abrigadas, afundou na correnteza do rio que deságua em Suape, segundo a versão do advogado Ademar Rigueira, contratado pelo médico.
O corpo de Maria Eduarda foi encontrado três dias depois, na terça-feira (24), na praia de Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho, pelos bombeiros, com sinais aparentes de afogamento.
Velado na terça-feira (24), no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, enfrentou empecilhos judiciais para ser cremado, como quer a família, porque o inquérito policial aberto pela delegacia local exige laudo pericial do IML, como decidiu a juíza Danielle Melo Burichel, do plantão judiciário da comarca do Cabo de Santo Agostinho.