Da Redação do Blog – Em mais um capítulo das divergências e querelas entre o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal, sobre a condução da Operação Integration, o MPPE acaba de solicitar à Corregedoria do TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) providências contra o que classifica de “reiterados impropérios” dela contra o MPPE e “insistentes descumprimentos da legalidade” nos autos da investigação.
A Operação Integration investiga suspeitas de lavagem de dinheiro por empresas de apostas on line e chegou a prender, por duas vezes, em 2024, a influenciadora digital Deolane Bezerra e outros dirigentes das empresas e a pedir a prisão do cantor Gusttavo Lima, negada pelo TJPE.
Desta vez o pomo da discórdia, que se arrasta desde o ano passado, é, segundo manifestação do MPPE, a juíza decidir, pela terceira vez, contra parecer do Ministério Público pelo arquivamento parcial das investigações sobre as empresas Esportes da Sorte, do Recife, e Vai de Bet, de Campina Grande, na Paraíba.
Na visão do MPPE, a decisão de Andrea Calado da Cruz “afigura-se, no mínimo, teratológica” (absurda, anormal) “ e desprovida de qualquer lastro jurídico razoável, uma vez que sua prolação representa uma inaceitável reiteração de matéria já exaustivamente debatida e decidida nestes autos, gerando inegável instabilidade processual e comprometendo gravemente a segurança jurídica”.
Pontua a manifestação que “a conduta da Magistrada de decidir infundadamente, pela terceira vez, sobre a mesma manifestação ministerial, revela-se, no mínimo, temerária e desprovida de responsabilidade.”. De acordo com o MPPE, “esta postura não apenas gera insegurança jurídica e onera desnecessariamente o sistema judiciário, mas também compromete, de forma grave, a credibilidade da atuação judicial”.









