Por Ricardo Antunes — “Ricardo, É com muita tristeza que comunico o falecimento da minha mãe. Que Deus a receba com muito amor na sua morada”. A frase de Pauca, um dos melhores amigos de infancia me chegou pelo zap, por volta das onze da manhã. “Foi hoje?” perguntei. “Faz meia hora” , respondeu.
De súbito, lembrei da minha. Dona Yeda se foi há 15 anos e teria mais ou menos a mesma idade dela: 87. Eram amigas do mesmo bairro onde fui criado. A então “Vila do Ipsep”.
Com as duas se foram também memórias afetivas de mim e de Pauca, como sempre o chamei, que só elas poderiam contar. Quantas brincadeiras e “peladas” na rua? Quando o tempo era somente um detalhe que ninguém contava.
As “paqueras” na praça “fazendo de conta” que a gente assistia mesmo a missa de domingo. Época em que a gente não via hora da visita do fim de semana e do reencontro das mães. Que também era o nosso.
Depois da infância, minha adolescência já foi com outros amigos, na Imbiribeira e em Boa Viagem, onde fomos morar. Nunca deixamos de nos falar, no entanto, e de termos bons encontros. Pauca é de 11 de Novembro, eu do dia 5. Mesmo ano, separados por apenas seis dias.
Mas faltou aquela visita a Dona Elizete que agora também foi para o céu. Faltou perguntar a ela sobre D. Yeda. Que o bom Deus lhe receba de braços abertos.










