Por Luiz Roberto Marinho – Apesar de haver vendido a construtora Haut Incorporadora & Design ao engenheiro Marcelo Brandão, em março último, o arquiteto Thiago Monteiro foi condenado pela 1ª Vara Cível do Recife a devolver à aposentada Girley Simões R$ 360,6 mil que ela pagou por dois apartamentos não entregues, mais multa de R$ 160,3 mil, num total de R$ 520,9 mil.
A sentença, assinada pelo juiz Cláudio de Sá Barreto Sampaio, é resultado de duas dezenas de processos judiciais movidos contra o arquiteto por empreendimentos vendidos como inovadores e de alto luxo no Pina e em Boa Viagem, na Zona Sul, e em Poço de Panela, bairro nobre da Zona Norte, mas nunca concluídos, como tem noticiado o Blog.
Julgado à revelia na 1ª Vara Cível, Thiago Monteiro, considerado aluno prodígio no curso de arquitetura da UFPE e fundador duma construtora, no final de 2016, que prometia projetos arrojados, foi sentenciado por “faltas graves” ao receber o pagamento e não entregar dois apartamentos conjugados e uma vaga na garagem no edifício Co-Haut 003, adquiridos em janeiro de 2021 pela aposentada Girley Simões.
O prédio, abandonado na Rua Vicência 117, no Pina, e transformado em ponto de usuários de drogas, era originalmente projeto de um hotel que se chamaria Acary, adquirido por Thiago Monteiro para ser transformado em apartamentos residenciais.
O arquiteto vendeu também e nunca entregou apartamentos num edifício em Boa Viagem e lofts em condomínios em Poço de Panela e em Casa Forte, um dos quais, o de alto luxo BMRX Loft, na Estrada do Encanamento 887, não tem registro do terreno.
Apontado no mercado imobiliário como “laranja” de um grande empresário ao adquirir a Haut, o engenheiro Marcelo Brandão disse ao Blog, em maio passado, sem dar detalhes, que o negócio foi registrado na Junta Comercial de Pernambuco em 25 de março e que resolveria as pendências que herdou de Thiago Monteiro. O juízo da 1ª Vara Cível do Recife comprova que sua promessa não foi cumprida.
O OUTRO LADO
Tentamos sem sucesso contatos com o arquiteto Thiago Monteiro e o engenheiro Armando Brandão. O espaço está aberto a manifestações e a reportagem pode ser atualizada a qualquer momento.
Confira a íntegra da sentença da 1ª Vara Cível do Recife clicando aqui.









