Por Ricardo Antunes
Perto de solicitar uma ação mais firme do TCE e do MP sobre as denuncias de irregularidades na contratação de artistas com o dinheiro público, a OAB PE cedeu as pressões do Palácio das Princesas e não vai pedir a “federalização” do caso da morte do empresário, Paulo Morato. Ele era um dos integrantes da quadrilha que desviava recursos para a campanha do ex-governador Eduardo Campos (PSB), segundo a Polícia Federal, e sua morte, em circunstâncias ainda não esclarecidas, provocou polêmica em todo país. Esse assunto deveria ser discutido na sessão ordinária do Conselho Pleno da OAB/PE que, acabou agora há pouco, mas uma manobra do presidente Ronnie Duarte fez com que o assunto não fosse colocado na “pauta” de votações.
De acordo com que o blog apurou, o Governo de Pernambuco, mandou o recado de que não viria com “bons olhos” a entrada da OAB nesse tema pelos efeitos que o mesmo deve ter na campanha municipal desse ano. O diretor geral da Escola Superior da Advocacia, Carlos Neves, que foi advogado nas campanhas eleitorais prefeito Geraldo Júlio e do próprio governador, Paulo Câmara, intercedeu para “costurar” um “acordo” de bastidores.
Embora boa parte do conselho entendesse que a entidade deveria se posicionar a favor, o presidente Ronnie Duarte, não cedeu aos apelos da maioria do grupo e encerrou a reunião sem colocar o tema em pauta.







