Com informações do Estadão – O uso da hidroxicloroquina foi recomendo pelo Ministério Público Federal (MPF) nos estados de Minas Gerais e Piauí. O órgão recomendou aos governos estaduais e às prefeituras o uso do remédio por pacientes ainda que com sintomas leves da doença. O posicionamento corrobora a opinião da oncologista e imunologista Nise Hitomi Yamaguchi, defendida em artigo publicado exclusivamente neste blog.
Outras entidades também têm se posicionado a favor do uso dos medicamentos, como a Sociedade Brasileira de Cancerologia, que já comunicou a decisão por ofício ao Ministério da Saúde. Por sua vez, o Conselho Federal de Medicina (CFM) sugeriu o uso de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes com sintomas leves no início do quadro clínico, que tenham confirmado o diagnóstico de coronavírus. Os médicos, porém, devem ressaltar que não há nenhum trabalho científico que comprove o benefício ao utilizar os remédios.
A recomendação em Minas Gerais é restrita a alguns municípios, porque partiu das procuradorias que atuam nessas regiões. O MPF e Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) querem ainda que a cloroquina esteja disponível nas farmácias para o uso no combate à covid-19.
A recomendação mineira é assinada pelos procuradores Wesley Miranda Alves, Cléber Eustáquio Neves, e os promotores Maria Carolina Silveira Beraldo e Fernando Rodrigues Martins, que classificaram o remédio como “seguro” e com “resultados satisfatórios”. Os procuradores e promotores justificam a decisão com base, por exemplo, nos experimentos do médico francês Didier Raoult, que não tiveram respaldo dentro da própria França.
O texto pede ainda que prefeitos e secretários de saúde de 46 municípios mineiros “implementem as condições para que as orientações da nota técnica sejam seguidas e para que os médicos das unidades públicas de saúde possam, em conformidade com as proposições do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Médica Brasileira (AMB), ministrar o tratamento que julgarem apropriado”. A cloroquina tem como principal defensor no Brasil o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Na quarta-feira, depois de dois ministros da saúde se recusarem a ampliar o uso da cloroquina, o interino no cargo, general Eduardo Pazuello, assinou documento que recomenda a prescrição do medicamento desde os primeiros sinais da doença causada pelo novo coronavírus.







