Blog do Ricardo Antunes
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia
Sem Resultados
Ver todos os resultados
APOIE
Blog do Ricardo Antunes
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Blog do Ricardo Antunes
Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • Quem Somos
  • Quem é Ricardo Antunes
  • Apoie
  • Newsletter
  • Arquivo
  • Fale Conosco
  • Termos de Uso
Home Cultura

Morre João Gilberto, pai da bossa nova e lenda da música brasileira, aos 88 anos

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
21/09/2019 - 18:04
A A
CompartilharTweetarWhatsApp

De O Globo

RIO – Responsável por uma revolução na maneira de cantar e tocar violão que mudou tudo na música brasileira, João Gilberto morreu neste sábado, 6, aos 88 anos . A causa da morte ainda não foi divulgada. Ele deixa três filhos, João Marcelo, Bebel e Luisa.



Nos últimos dez anos, aquele João Gilberto ícone da bossa nova foi aos poucos perdendo espaço para um personagem complexo. A decadência física, as questões de família, os problemas de dinheiro, os contratos mal feitos, enfim, um conjunto de episódios graves acabou soando mais alto do que o talento de um artista tão grande.

Grande e único. Graças a ele, >a bossa nova se consolidou e a música brasileira teve portas abertas para conquistar seu lugar no mundo. A brilhante geração de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque não teria ido tão longe se não fosse a inspiração de ” Chega de saudade “, disco que João lançou em 1958.

São muitos os capítulos desta história. Primeiro, o do adolescente que cantava coisas do rádio no alto-falante da Praça da Matriz de sua cidade, Juazeiro (BA). Depois, o jovem que foi para Salvador sonhando em se profissionalizar.

João Gilberto fotografado por sua neta, Sofia, em foto divulgada esta semana Foto: Sofia Gilberto / Acervo familiar

Em seguida, a ida para o Rio como crooner do grupo vocal Garotos da Lua. Não deu certo. Demitido por faltar aos compromissos, ele tentou outros caminhos, gravou um disco que não aconteceu, chegou a participar de show de Carlos Machado, passou por maus pedaços no Rio, sem casa, sem trabalho, sem perspectiva. O cantor dessa fase é fã de Orlando Silva, tenta cantar como ele, mas fracassa.

De 1955 a 1957, não se ouviu mais falar em João Gilberto no Rio que o rejeitara. São os dois anos que ele passa em Porto Alegre, Diamantina e, por menos tempo, na casa dos pais em Juazeiro. Quando volta ao Rio, é outro homem, outro artista.

Consta que, durante ao seis meses em que morou com a irmã na cidade mineira, não saiu de casa, pouco falou, dia e noite abraçado ao violão em busca de ritmos e harmonias que acabariam dando forma definitiva a um estilo que logo seria visto por outros músicos como novo, quando não revolucionário. Novo estilo, nova bossa, bossa nova.

Embora muitos fatos relacionados a João Gilberto fossem criados, como se sua vida tivesse de ser tão extraordinária quanto sua arte, a transformação que ocorreu nos seis meses em Diamantina realmente aconteceram, num estranho processo de reinvenção difícil de explicar. >Como terá chegado àquela batida de violão?

Por que mudou tão radicalmente o timbre de voz? E onde foi buscar a emissão, a divisão, a precisão, o jeito de cantar, de início aparentemente transgressor, mas, na realidade, preciso, adequado a todo tipo de canção, brasileira ou não? E de que forma voz e violão se integraram como uma coisa só, feitos um para o outro.



O fato é que o João Gilberto que volta ao Rio em 1957 vai, como diria Tom Jobim, influenciar “toda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores”. Aos 26 anos. Criou assim a bossa nova, fez seguidores, ficou famoso. Cultuado no Brasil e admirado no mundo inteiro, gravou discos aqui e nos Estados Unidos, excursionou à Europa, apresentou-se em festivais, foi aplaudido no México e no Canadá, na Alemanha e no Japão.

Com esporádica passagens pelo Brasil, João Gilberto fez de Nova York o seu pouso. Em 1979, volta em definitivo. A partir de então e até 2008, ano de seu último show, cada subida ao palco é um acontecimento. Ou quando acontece, sempre com lotação esgotada, ou quando não, como o do Canecão (em 1979), cancelado por problemas de som que só o preciosismo de seus ouvidos detectou.

Cancelou também um show no Municipal, em 2011, pelo qual seu produtor seria condenado a devolver mais de R$ 500 mil ao teatro. Cancelou ainda, por problemas de saúde, a excursão comemorativa de seus 80 anos.

A maioria de seus últimos shows no Brasil deu-se em seu formato preferido: ele sozinho, terno e gravata, banquinho e violão. Sua relação com a plateia tinha de ser mutuamente respeitosa. Em várias ocasiões, zangado ou com um simples “psiu”, obrigou o público a fazer silêncio para ouvi-lo.

Caetano Veloso sintetizou o que significa João Gilberto para a música brasileira (ou melhor, para o Brasil, ou melhor, para o mundo, ou melhor…) em “Pra ninguém”. Depois de listar em versos gravações históricas de artistas como Djavan, Maria Bethânia, Nana Caymmi e Paulinho da Viola, ele conclui: “Melhor do que isso só mesmo o silêncio/ Melhor do que o silêncio só João”. O silêncio de quem era maior do que o silêncio, portanto, esse silêncio que se estabelece com a morte de João, tem o peso do vazio deixado pelo sumiço repentino de um país inteiro.

De fato, foi um país — ou o sonho de um país, materializado em música — que nasceu das mãos e da garganta de João quando, em 1958, foi lançado aquele mítico disco de 78 rotações. No lado A, “Chega de saudade” — as harmonias e melodias de Tom Jobim e a poesia de Vinicius de Moraes juntas, revelando em todo o esplendor a Santíssima Trindade da bossa nova. No lado B, “Bim bom” — rara composição do próprio João, que parecia precisar ali expressar em suas palavras (apenas duas, “e não tem mais nada não) o que era a revolução suave que propunha. “Quando a bossa nova inventou o Brasil”, canta Tom Zé, definindo o episódio.

Compartilhar30Tweet19Enviar
Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

Matérias relacionadas

Na COP, Janja visita estúdio de TV e faz piada sobre coxinha

Janja Lula da Silva, primeira-dama do Brasil

Do UOL - Janja da Silva, mulher do presidente Lula, passou em frente a estandes da imprensa na COP30, em Belém, e decidiu provocar. "Já compraram coxinha?", ela...

Leia MaisDetails

Ministro autoriza derrubada de área verde para construção de posto de combustível

Celso Sabino
Ministro do Turismo do Brasil

DO UOL - Próximo à entrada do aeroporto internacional de Belém, uma área verde deu lugar a um clarão no ano da COP30 (Conferência do Clima), sediada na...

Leia MaisDetails

Caminhão com suspeita de bomba interdita o Rodoanel no sentido Dutra

Motorista foi encontrado amarrado ao lado de artefatos, supostamente bombas

Do UOL - Uma carreta atravessada no km 44 do Rodoanel, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, causa ao menos 15 quilômetros de congestionamento no sentido...

Leia MaisDetails

Preocupação com segurança freia melhora na avaliação de Lula

Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente do Brasil (PT)

Do G1 - Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (12) mostra que a avaliação do governo Lula (PT) deixou de melhorar, e que 50% dos brasileiros desaprovam o governo...

Leia MaisDetails

PF investiga obstrução à Justiça e interferência em apuração de organização criminosa

"Operação Nêmesis investiga desvio de recursos públicos destinados à Covid-19

Com informações da PF - A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (12/11) a Operação Nêmesis, para apurar a possível prática de embaraço a investigação sobre organização criminosa supostamente...

Leia MaisDetails
Próximo Artigo

As histórias do "sr. Oliveira": as lendas que deram a João Gilberto a fama de excêntrico

Por favor, faça login para comentar

Governo PE

Camaragibe

São Lourenço da Mata

CATEGORIAS

  • Brasil
  • Ciências
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Esportes
  • Eventos
  • Lei & Ordem
  • Opinião
  • Pernambuco
  • Política
  • Tecnologia
Assine nossa lista para receber atualizações diárias diretamente em sua caixa de entrada!

Blog do Ricardo Antunes

Ricardo Antunes - Debates, polêmicas, notícias exclusivas, entrevistas, análises e vídeos exclusivos.

CATEGORIAS

  • Brasil
  • Ciências
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Esportes
  • Eventos
  • Lei & Ordem
  • Opinião
  • Pernambuco
  • Política
  • Tecnologia

ASSUNTOS

Alexandre de Moraes Bolsonarismo Brasília Carnaval Coronavírus corrupção Covid-19 DEM Eleições Eleições 2020 Eleições 2022 Esporte EUA Fake News Fernando de Noronha Futebol Internacional Investigação Jair Bolsonaro João Campos Justiça Lava Jato Luciano Bivar Marília Arraes MDB Olinda operação Paulo Câmara PL polícia cívil Polícia Federal PSB PSDB PT Raquel Lyra Ricardo Antunes Rio de Janeiro Saúde Senado Sergio Moro STF São Paulo União Brasil Vacina Violência

© 2024 Ricardo Antunes - Todos Direitos Reservados

Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia

© 2024 Ricardo Antunes - Todos Direitos Reservados

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite nossa Política de Privacidade.
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?