Por Marcelo Vitorino, consultor e professor de marketing político pela ESPM e pela Presença Online
Acompanhando algumas páginas de políticos percebo movimentações combativas que não parecem ser orgânicas.
Nas páginas de senadores, há uma pressão constante para instauração de CPI’s sobre o judiciário.
Nas páginas de deputados, a pressão é sobre a aprovação das medidas de combate a corrupção.
Se você observar apenas uma ou outra não enxergará padrões. Mas… Ao analisar dezenas perceberá argumentos repetidos e ondas regulares.
Ontem eu notei um padrão que reforça esse entendimento: a volta da CPMF (com outro nome) vem sendo defendida abertamente pela equipe econômica inteira.
Boa parte da classe política não concorda e alguns se manifestaram sobre essa posição pela manhã.
À tarde um membro da equipe foi demitido e o motivo da demissão foi atribuído ao presidente da República, que disse não concordar com a volta do imposto. É preciso observar que apenas um membro da equipe foi demitido.
O que aconteceu na sequência? Centenas de comentários deixados nas páginas dos que se manifestaram pela manhã, com a mesma base argumentativa: a volta da CPMF é fake news.
Olha, pode ser uma enorme coincidência, mas para começarem próximos e, com um outro padrão interessante, em que as pessoas que deixam os comentários não são dos Estados dos parlamentares, estando espalhadas pelo Brasil.
Por exemplo, me pergunto o que leva um gaúcho a comentar na página de um deputado federal por Minas Gerais. A questão é que 99% dos comentários com o argumento de fake news seguem esse padrão.
Tirem suas conclusões.







