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Home Política

O que é mentira e o que é verdade no discurso de Bolsonaro na ONU?

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
21/09/2021 - 15:13
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Do G1 — O presidente Jair Bolsonaro fez um discurso nesta terça (21) na 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Ele falou sobre economia, atos no 7 de Setembro e vacinas contra a Covid-19. A equipe do Fato ou Fake checa as principais declarações dadas por Bolsonaro.

Leia:

“Na economia, temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes”

 — Foto: G1

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Em 2020, segundo o relatório “World Economic Outlook”, publicado pelo FMI em julho, o Brasil viu sua economia encolher 4,1% – pior do que a média mundial, de 3,2%, e do que a média das economias emergentes, de 2,2%. A economia brasileira foi menos impactada do que a da África do Sul (-7%), da Índia (-8%) e do México (-8,2%), mas Rússia (-3,1%), Nigéria (-1,8%) e China (crescimento de 2,3%) tiveram desempenhos muito melhores no ano passado.

O desempenho durante este ano também decepciona, com uma queda de 0,1% no PIB no segundo trimestre deste ano. Isto colocou o país na 38ª posição em um ranking produzido pela Austin Rating com as 48 maiores economias do mundo – atrás de todas as economias emergentes.

A situação prevista pelo FMI, aliás, é a de que o Brasil fique ainda mais atrás a partir deste ano. Isto porque a projeção da entidade para o crescimento da economia brasileira neste ano é de 5,3% – à frente de Nigéria (2,5%), África do Sul (4%) e Rússia (4,4%), mas atrás de México (6,3%), China (8,1%) e Índia (9,5%).

Já para 2022, o FMI projeta que o Brasil tenha o menor crescimento entre todos os emergentes, de apenas 1,9%.

“No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história”

 — Foto: G1

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Os atos de 7 de Setembro não foram os maiores já registrados no país. Apesar de não haver um balanço nacional, as imagens registradas no dia revelam uma manifestação muito menor que as registradas contra a presidente Dilma Rousseff, por exemplo.

Basta pegar a cidade mais populosa do país (São Paulo) para ver que a frase não se sustenta. No 7 de Setembro, Bolsonaro reuniu na Avenida Paulista 125 mil pessoas, segundo estimativa da PM.

Em 1984, no famoso comício do movimento Diretas Já, 1,5 milhão de pessoas se reuniram no Vale do Anhangabaú para pedir eleições para presidente no Brasil.

Levando em conta os dados públicos disponíveis, o maior ato político já registrado no Brasil ocorreu em março de 2016, quando manifestantes foram às ruas em mais de 300 cidades para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Houve, segundo a polícia, 3,6 milhões de pessoas no protesto. Para os organizadores, foram 6,8 milhões.

Também não é possível afirmar que “milhões” participaram dos protestos no 7 de Setembro. Levantamento feito pelo G1 mostra que apenas sete estados têm estimativas de público. E o total não ultrapassa os 400 mil manifestantes.

“[A agricultura] utiliza apenas 8% do território nacional”

 — Foto: G1

A declaração é #FATO. Veja o porquê: O mais recente relatório do Monitoramento da Cobertura da Terra divulgado pelo IBGE aponta que a área agrícola do Brasil ocupa 664.784 km², o equivalente a 7,6% do território nacional, considerando as parcelas terrestre e marítima do país. O número é de 2018 e foi divulgado em 2020.
“Nosso Banco de Desenvolvimento era usado para financiar obras em países comunistas sem garantias. Quem honra esses compromissos é o próprio povo brasileiro”
 — Foto: G1

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Desde 1998, o BNDES financiou empreendimentos brasileiros em pelo menos 15 países da África e da América Latina, incluindo Venezuela, Cuba, Argentina, Angola e Moçambique. Nenhum destes empréstimos, no entanto, foi feito sem garantias.

Segundo as informações do banco, foram desembolsados US$ 10,49 bilhões pelo banco nesta linha de financiamento, e os países pagaram US$ 12,445 bilhões até junho. Ou seja, o BNDES tem um saldo de US$ 1,29 bi na operações com esses países.

Três dos países que tiveram empreendimentos financiados pelo banco ficaram devendo parcelas que foram cobertas pelo Fundo Garantidor de Exportações (FGE): Cuba, Moçambique e Venezuela.

O FGE, criado em 1997, é gerido pelo BNDES, mas parte de sua receita é proveniente do Seguro de Crédito à Exportação (SCE) – além de aplicações financeiras dos ativos do próprio fundo. Esse seguro é concedido pelo governo brasileiro para as exportações nacionais e cobre os riscos comerciais, políticos e extraordinários de exportadores e financiadores de exportadores.

Como em um seguro convencional, os exportadores segurados pagam um prêmio e, no caso de não pagamento do importador de outro país (o popular “calote”), os segurados recebem indenização do governo brasileiro, ou seja, os desembolsos do FGE.

Os principais países destino de exportações seguradas pelo SCE são latino-americanos, africanos e, no caso dos EUA, importadores privados de aeronaves da Embraer.

“Até o momento, o governo federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta”

 — Foto: G1

A declaração é #FATO. Veja o porquê: De fato, 263 milhões de doses já foram recebidas pelos estados e 142 milhões de pessoas foram imunizadas com pelo menos uma dose das vacinas disponíveis, segundo o consórcio de veículos de imprensa.

Isso representa 87,7% da população com mais de 18 anos. Mais da metade da população adulta está totalmente imunizada. Considerando todos os brasileiros, 66,6% receberam ao menos uma dose, e 38% foram totalmente imunizados.

“As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial nos gêneros alimentícios no mundo todo”

 — Foto: G1

A declaração é #FAKE. Veja o porquê: Os três elementos que mais têm empurrado a inflação para cima nos últimos meses são os combustíveis, os alimentos e a energia elétrica. Segundo especialistas, a causa do aumento de nenhum deles está relacionada ao isolamento social.

  • Combustíveis: O preço dos combustíveis no Brasil segue o comportamento dos preços no exterior. Desde 2016, a Petrobras se orienta pelo Preço de Paridade Internacional (PPI), que leva em consideração a cotação do barril de petróleo e o câmbio – os dois fatores que explicam boa parte do aumento dos combustíveis nos últimos meses. O preço do barril de petróleo vem em uma sequência de alta forte desde o início deste ano. De um lado, por conta da maior demanda, depois da abertura de muitos países que começaram a vacinar contra a Covid. De outro, por conta da própria dinâmica da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep): ela concentra cerca de 40% da produção global da commodity e às vezes segura os estoques para valorizar o barril. Em julho, a organização comunicou que voltaria a ampliar gradativamente a oferta, dado o crescimento expressivo dos preços neste ano. Como a cotação é feita na moeda americana, o dólar também tem impacto direto — e o real segue perdendo valor.
  • Alimentos: exemplo dado por Bolsonaro em seu discurso, a inflação de alimentos está sendo influenciada principalmente pelo dólar, e com um duplo efeito. Como as commodities agrícolas — milho, açúcar, carne, café, trigo, laranja — são cotadas em dólar, sempre que o câmbio sobe, o preço delas em real tende a subir também. Em paralelo, o dólar alto incentiva o produtor a exportar em vez de vender para o mercado interno. Isso reduz a oferta doméstica e, consequentemente, ajuda a empurrar os preços para cima. Aos dois fatores se soma um outro que tem contribuído para reduzir a disponibilidade interna de alimentos: a seca histórica que afetou o Sudeste e o Centro-Oeste e impactou a cultura do café, da laranja, do milho, da soja e do açúcar.
  • Energia elétrica: além dos alimentos, a seca também ajuda a explicar o aumento da energia elétrica. Com a redução dos níveis dos reservatórios em hidrelétricas importantes neste ano, foi preciso acionar usinas termelétricas, movidas a gás natural, óleo diesel, biomassa e carvão, para compensar a redução da oferta pelas hidrelétricas e, mais recentemente, importar energia de vizinhos como Argentina e Uruguai. A energia termelétrica não só é apenas mais poluente, mas também mais cara. Por isso, a conta de energia está vindo com um adicional, a bandeira da escassez hídrica, anunciada pelo governo no último dia 31 de agosto. Em paralelo, a situação crítica dos reservatórios acendeu um debate sobre os riscos de apagão e de racionamento — e a demora do governo para reagir. Desde maio, quando o cenário de restrição de chuvas começou a ficar mais claro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tem repetido que não existe possibilidade de apagões e racionamento no país. No fim de agosto, quando anunciou a bandeira mais cara, o governo lançou um programa para redução voluntária do consumo de energia.

“Somente nos primeiros 7 meses deste ano, criamos aproximadamente 1 milhão e 800 mil novos empregos”

 — Foto: G1

A declaração é #FATO. Veja o porquê: Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil acumula de janeiro a julho deste ano 1.848.304 empregos criados. O saldo é referente ao número de contratações (11.255.025) menos o total de demissões (9.406.721).

Tags: Fake NewsONU
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Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

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