EXCLUSIVO, Por André Beltrão – Um vídeo que circulou nas redes sociais, mostrando um policial supostamente dando uma ordem de execução ao dizer “MATA OS CARAS!”, também foi analisado. Conforme a perícia, o áudio da gravação foi revisado e constatou-se que o policial disse “MAIS DOIS CARAS!”, referindo-se ao socorro das vítimas baleadas, o que reforça o relato dos militares.
O Diretor Médico da UPA da Caxangá, Dr. Dyego Augusto, responsável pelo atendimento de Bruno e Rhaldney, informou que ambos foram atendidos imediatamente e levados para a sala vermelha, onde foram monitorados até a confirmação do óbito, descartando qualquer possibilidade de os policiais terem influenciado a morte dos suspeitos.
Legítima defesa
A perícia tanatoscópica revelou que cada vítima foi atingida por dois tiros frontais, disparos característicos da técnica policial conhecida como “double tap”. Os delegados concluíram que os tiros não excederam a resposta necessária diante da agressão sofrida pelos policiais.
Testemunhas afirmaram que foram rendidas pelos policiais e submetidas a violência, com disparos sendo efetuados na entrada da residência. No entanto, as investigações e as imagens disponíveis indicam que a ação dos policiais durou apenas 18 segundos, tempo considerado insuficiente para cometer os abusos relatados pelas testemunhas.

Vínculo com o tráfico
Embora os familiares neguem a presença de drogas e armas na casa, o relatório da Polícia Civil apresenta evidências que vinculam as vítimas ao tráfico de drogas na região. Imagens e boletins de ocorrência mostram que Bruno, uma das vítimas, era apontado como gerente do tráfico local.
Uma foto onde ele aparece segurando uma pistola foi anexada ao inquérito. Além disso, tanto Bruno quanto Rhaldney possuíam antecedentes criminais relacionados ao tráfico de drogas.
A investigação também aponta que os irmãos de Bruno, Luiz Carlos e William Vicente da Silva, possuem histórico criminal. Luiz Carlos foi preso em flagrante por tráfico de drogas e William tem múltiplas condenações pelo mesmo crime.
Com base nos fortes indícios de que Bruno e Rhaldney atiraram contra os policiais – comprovado pela apreensão de dois revólveres com cartuchos pinados e munições deflagradas –, os delegados concluíram que a ação dos policiais do BOPE foi em legítima defesa.
O relatório final do inquérito atesta que os policiais agiram de maneira proporcional e legal ao responderem à agressão.
O caso continua a ser debatido publicamente, mas o posicionamento oficial da Polícia Civil de Pernambuco é de que o procedimento investigado foi uma intervenção policial legal e que a ocorrência seguiu os protocolos de segurança.padrões.









