Do UOL — O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), se reuniram para conversar sobre a operação de ontem no estado, que foi a mais letal da história do Rio de Janeiro.Castro e Lewandowski anunciaram a criação de um “escritório emergencial de enfrentamento ao crime organizado”. O escritório será coordenado pelo secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, e pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo.
Escritório foi criado para que as ações entre os governos estadual e o federal sejam “100% integradas”, disse Castro. “Inclusive na perspectiva de vencermos possíveis burocracias, integrarmos inteligências, respeitando as competências de cada órgão, mas tentando eliminar barreiras para que nós possamos, de fato, fazer uma segurança pública que atenda ao cidadão.”
Lewandowski usou a expressão “força-tarefa” para falar do escritório. “Esses escritórios surgem e são emergenciais, mas tendo em vista o empenho de todos nós, haveremos de ter, em breve, bons resultados.”
Segundo o governador, a criação do escritório pode agilizar processos entre os governos federal e o estadual. “Para não deixar que o que aconteceu desta vez aconteça de novo, a ideia é estarem os dois governos ali, federal e estadual, para que possamos derrubar barreiras de burocracia. Esse é o grande mote desse escritório. Às vezes, a gente quer alguma coisa e a burocracia federal não permite. Às vezes, o governo federal quer algo e a burocracia estadual não permite.”

Haverá investimentos de recursos materiais e humanos para escritório funcionar, explicou o ministro. “A garantia que nós podemos oferecer é a boa vontade dos integrantes das forças de segurança federais e estaduais. Estamos enfrentando um problema muito sério, não só aqui no Rio de Janeiro, mas que se espraia por todo o país. Nós envidaremos todos nossos esforços, investiremos recursos materiais e humanos para enfrentarmos da forma mais conjugada e coordenada possível.”
Forças irão conversar entre si até que crise seja superada, e escritório é “embrião” do quer se criar com a PEC da Segurança Pública, afirmou Lewandowski. “Vamos conjugar as forças federais com as forças estaduais. Esse escritório emergencial tem o sentido de não criar uma estrutura burocrática permanente.”
Encontro entre ministro e governador contou com a participação de outros integrantes do governo federal: o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Souza. Da parte do estado, participaram: os secretários de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, o secretário da Polícia Militar, Marcelo de Menezes Nogueira, e o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi.








