Por Rodrigo Castro, de O Globo – Henrique Dubugras, dono da Brex e de uma fortuna estimada em R$ 4,35 bilhões, fechou parte de Fernando de Noronha para se casar em uma festa de quatro dias com shows de Alok e Maroon 5. Beleza. Mas às vésperas da cerimônia, hospedado em uma pousada de luxo, o empresário foi atendido na última quarta-feira por um oficial de Justiça.
O bilionário foi notificado de uma ação movida por Henrique Duarte Coelho, que pede em juízo o reconhecimento de sua condição de acionista da Pagar.me, intermediadora de pagamentos online criada por Dubugras e Pedro Franceschi (também réu).
O autor do processo quer a liquidação de 4% das ações da sociedade que foram prometidas, segundo ele. Na petição, seus advogados narram que seu cliente foi tratado como “sócio fundador” pela dupla. Embora não tenha um contrato escrito, alegam que as provas juntadas aos autos comprovam a “existência inquestionável da sociedade de fato”.
Os advogados afirmam ainda que a imaturidade dos réus, o sucesso meteórico e a influência de terceiros resultaram no descumprimento do compromisso firmado por eles.
A ação teve início em Santa Catarina, em 2018, mas mudou para São Paulo em 2021 – onde tramita atualmente. A Justiça não conseguiu notificar o bilionário até então. Os advogados do autor solicitaram a citação por edital, diante da dificuldade em localizá-lo. Só que o juiz do caso não é casual.
Agora, com a viagem a Fernando de Noronha para o casório, Dubugras teve seu paradeiro descoberto. Uma carta precatória (instrumento de comunicação entre juízos) foi expedida para que ele fosse citado nos endereços das comemorações. Deu certo.









