Em seguida, ele diz um palavrão e dá o murro no rosto do rapaz, que está com as mãos para trás do corpo e encostado em um carro. No fim da postagem, o deputado pede ‘cadeia para os maus-tratos” contra os animais.
Nos stories do Intagram, publicação que dura 24 horas, o deputado publicou uma foto junto com representantes da Seda e da Depoma dizendo que um covarde foi encontrado e perguntando “o que um agressor desse merece?”.
Em outras publicações, o deputado diz que encontrou o animal preso e assustado em meio aos entulhos. Ao publicar uma foto da cadela limpa e cuidada, ele questiona se quem tem coragem de maltratar um animal desses é “um mostro” ou “está morto por dentro”.
Por telefone, Romero Albuquerque justificou a agressão ao homem, dizendo que “o sangue subiu para a cabeça diante dos maus-tratos ao animal”.
No texto na rede social, Albuquerque disse escreveu: “Ele até tentou se esconder debaixo da saia da mamãe, mas com todo respeito à mulher, eu estava disposto a ir até o inferno pra encontrar ele”.
O deputado acrescenta: “Não me controlei na hora da raiva, mas eu pergunto: se fosse com uma filha sua, você chegaria abraçando um covarde desse? Fomos pra cima, sem arrependimento”.
Romero Albuquerque afirmou que foi ameaçado pelo dono do cão e que tomou conhecimento de intimidação contra a vizinha dele que fez os vídeos em que o bicho aparece acorrentado e sendo alvo de violência.
“Cheguei ao local e ele se escondeu. Voltei com a polícia (equipe especializada em casos contra animais) e soube que ele disse que ficou dizendo que me mataria de aparecesse lá”, afirmou.
O deputado acrescentou que seguiu com o rapaz até a delegacia especializada na causa animal, no Recife. Lá, disse ter conversado com o rapaz agredido. “Ele disse que não faria a queixa e reconheceu que tinha errado ao bater no animal”, declarou Albuquerque.
Sobre as possíveis penalidades, o parlamentar disse que não tem receio de ser alvo de investigação da polícia por causa da agressão. “O mal não se combate com o mal. Essa minha postura não era o que eu queria passar para a sociedade”, afirmou.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) disse, por nota, que a Corregedoria Geral tomou conhecimento do fato e instaurou Investigação Preliminar para apurar, na esfera disciplinar, as circunstâncias da prisão e a atuação de policiais na ocorrência.