Da Redação do Blog — Durou pouco a tentativa de deputados bolsonaristas de montar acampamento em frente ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Na madrugada deste sábado (26), após ordem do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal — com a presença do próprio governador do DF, Ibaneis Rocha — intimou os parlamentares a deixar o local. Em caso de desobediência, a prisão em flagrante estava autorizada.
O protesto havia sido iniciado por nomes como Hélio Lopes (PL-RJ), Coronel Chrisóstomo (PL-RO), Cabo Gilberto (PL-PB), Rodrigo da Zaeli (PL-MT) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), todos aliados de Jair Bolsonaro. Eles acusam o Supremo de “rasgar” a Constituição e perseguir o ex-presidente.
Nas redes sociais, os deputados gritaram “Ditadura!” e “Censura!”, mas recuaram após a intimação. “Ajoelhei com um esparadrapo na boca e a Bíblia na mão”, publicou Hélio Lopes em carta aberta. Chrisóstomo chamou a decisão de “mil vezes ditadura”.
Moraes também proibiu, em nova ordem, qualquer acampamento num raio de 1 km da Praça dos Três Poderes, da Esplanada e de quartéis. A medida visa prevenir novos atos semelhantes aos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. O inquérito que embasa a decisão é o das fake news. Já Sóstenes, líder do PL na Câmara, disse que nem estava em Brasília. “Estou no Rio, trabalhando. O STF está confundindo ou surtando.”