Por André Beltrão — O delegado José Alexandre Amorim da Silva, titular da Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, convocou novamente para depor, no caso do atentado contra o jornalista Ricardo Antunes, o empresário Marcelo Wanderley Filho, dono da barbearia Trois. Ele faltou ao primeiro depoimento e não deu a menor satisfação.
Se não comparecer na nova convocação, poderá ser conduzido coercitivamente. A medida, prevista no Código de Processo Penal Brasileiro (CPP), é uma forma de obrigar o sujeito a comparecer ao ato para o qual foi intimado.
O empresário terá que explicar por que, até agora, não encaminhou outra imagem da câmera de seu estabelecimento, localizado na Avenida Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife.
O carro que fez a filmagem estava parado em frente à barbearia, e tem sido considerada “estranha” a falta de colaboração do empresário, que publicou até uma nota lamentando o episódio.

O jornalista foi brutalmente agredido com um “soco inglês”, no último dia 13, depois de deixar a barbearia. Ninguém sabia que ele iria ao local a não ser os próprios funcionários do estabelecimento.
A emboscada quase deixou a vítima cega do olho esquerdo e provocou afundamento da face, corrigido com implantes de pinos e placas em cirurgia de duas horas, no Real Hospital Português (RHP).
Ricardo Antunes ainda passará por nova cirurgia. O agressor já foi identificado, mas da mesma forma que o dono da Trois, não compareceu à delegacia de Boa Viagem para prestar depoimento. Tudo muito estranho nessa história, mas a Polícia Civil está trabalhando muito e vai chegar ao mandante.