Por Ricardo Antunes — O empresário Humberto Machado Filho, que atua também no ramo da coleta de lixo e possui mais de 15 empresas, muitas instaladas no arquipélago de Fernando de Noronha, participou da construção de mais um hotel de luxo da ilha paradisíaca com vista privilegiada. O hotel é de propriedade de um grupo de investidores de São Paulo.
A foto do hotel (capa) chama a atenção pela suntuosidade e contrasta com a natureza selvagem do lugar. A concessão foi dada pela administração anterior da Ilha e é alvo de diversas críticas nas redes sociais.
Ontem, a nova administradora, Thallyta Figuerôa, baixou decreto suspendendo todas as construções no lugar até que seja feita uma auditoria para apurar as suspeitas de irregularidades.
O empresário, conhecido como “O Todo Poderoso” pelos ilhéus, tem sido acusado por moradores de levantar outros empreendimentos sem se preocupar com as responsabilidades ecológicas, exigidas para a preservação do arquipélago.

Após adquirir diversos imóveis de moradores da região, Machado Filho já construiu restaurantes, hotéis e lojas comerciais, uma delas de material de construção civil.
Um morador, em conversa reservada com nossa reportagem, reclamou da atuação do empresário que, segundo ele, é um investidor que “não se preocupa com os danos ecológico de suas construções”.
Ele conta que durante a construção de um de seus restaurantes, o famoso empresário não poupou esforços e derrubou mangueiras da região, retirou pés de árvores e concretou o local da obra. “Quando tive essa informação fiquei chocado”, contou.
Ao blog, Humberto Machado Filho informou que sua empresa apenas “executou parte das obras” de construção do hotel, mas que não possui participação no luxuoso empreendimento.
E disse que sua empresa obedece todas as regras da Ilha de proteção do meio ambiente. “Estamos há mais de 20 anos por aqui”, lembrou ele que sempre é alvo de histórias ( algumas delas fantasiosas) nos grupos de zap da ilha.

LIXO
No final de 2022 a então gestão de Paulo Câmara (PSB) tentou renovar uma licitação para a coleta de lixo em Noronha, mas não teve êxito.
O pregão eletrônico de limpeza urbana estava previsto para ocorrer em 28 de novembro, com lances que começavam em R$ 101 milhões para um período de 60 meses.
O valor era três vezes maior do que o edital de 2021, quando o lance inicial era de cerca de R$ 30 milhões.







