EXCLUSIVO, por Luiz Roberto Marinho – Antes de ter a prisão temporária decretada, junto com outras quatro pessoas, Vitória Maria de Carvalho, 24 anos, moradora de Petrolina, no Sertão, informou em depoimento à polícia que o empresário Erlan Oliveira, de 28 anos, foi arrancado do seu veículo, uma camioneta Toyota Hilux SW4, e agredido por oito pessoas.
Vitória Maria negou à polícia que tivesse participado do espancamento, assim como sua amiga Laiza Guimarães Coelho, outra que teve a prisão temporária decretada. Disse à polícia que, ao contrário, junto com Laiza gritou para que parassem a agressão, que acabou resultando na morte de Erlan num hospital da cidade.
Tiveram também a prisão decretada pelo juiz Marcos Franco Bacelar, no Plantão Judiciário de Petrolina, Ítalo Barbosa da Silva, Franklin Freire de Aquino Bezerra e o também empresário José Lima Ferreira Junior, conhecido como Júnior da D20, grupo empresarial de Ouricuri, no Sertão, a 205 quilômetros de Petrolina.
O relato de Vitória Maria à polícia diz que chegou ao Bar Virote, local da agressão, numa mesma camioneta Toyota Hilux SW4, junto com Júnior D20 ao volante, mais Laiza, que é maquiadora, o marido da maquiadora e uma quinta pessoa no banco da frente, que afirmou não conhecer.

Segundo ela, outra Hylux SW4, que pertencia a Erlan Oliveira, tocava som alto quando estacionaram no bar. Disse Vitória Maria que o empresário piauiense chegou na sua camioneta já com ferimentos no rosto e fechou o porta-malas de onde saía o som gritando “essa porra é minha, eu tenho dinheiro”. De acordo com seu depoimento, Erlan não conseguiu ligar sua Hilux, tendo sido arrancado do banco do motorista e agredido. Contou que um dos homens que segurou Erlan foi Júnior da D20.
Afirmou Vitória Maria à polícia que Laiza tentou conversar com Erlan antes de ser arrancado do carro, tendo perguntado a ele como se ferira no rosto, quando foi chamada de “rapariga” e ameaçada de agressão pelo empresário piauiense. Relatou ainda que foi embora do local com Laiza, o marido da maquiadora e Junior da D-20, somente tomando conhecimento no dia seguinte da acusação de que participara do espancamento, o que nega.
Seu depoimento à polícia é contraditado pelas imagens das câmaras do Bar Virote, que levaram o juiz Marcos Franco Bacelar a decretar a prisão temporária dela e dos outros quatro agressores. Na sua decisão, o juiz escreveu que as imagens “captaram com nitidez toda a empreitada criminosa”.