Por Ricardo Antunes — Diminuída nas urnas, quando ficou relegada a 14 deputados, a bancada federal do PSB implodiu na última semana. Tudo porque o novo líder da sigla na Câmara dos Deputados, Pedro Campos, irmão do prefeito do Recife, João Campos, atropelou o processo que colocaria um nome do partido na nova Mesa Diretora, eleita no último sábado.
A sigla teria direito a uma das quatro suplências. Até então, o nome de consenso seria o do deputado federal Guilherme Uchoa, também de Pernambuco. No entanto, Pedro – naturalmente com aval de João – colocou diversos nomes para disputar internamente. Entre eles o de Lídice da Mata, que acabou preterida. O escolhido, então, foi Paulo Folletto, do Espírito Santo.
A postura de Pedro – e consequentemente de João – gerou um desgaste enorme na bancada, que pode ter desdobramentos futuros, já que muitos quadros do partido se mostram insatisfeitos com os rumos políticos e eleitorais. Com a janela partidária chegando, em março de 2026, há a expectativa de uma nova debandada no ninho socialista.
Vale ressaltar que a cláusula de barreira – exigência necessária para ter acesso ao fundo partidário – será de que um partido eleja ao menos 13 deputados federais. O PSB tem atualmente um parlamentar a mais, mas tem dificuldade para atrair quadros novos que ajudem a fazer a famosa “cauda eleitoral”. A sigla deverá eleger João Campos como presidente nacional, em maio. O que tende a azedar ainda mais a relação interna fora do Nordeste.